Número de infetados com coronavírus aumenta 2,61%. Há 880 mortos e 1.277 recuperados
Até à meia noite, o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal subiu para 23.392, enquanto o número de mortes provocadas pelo coronavírus aumentou para 880.
As autoridades de saúde portuguesas identificaram 595 novos casos de Covid-19, elevando de 22.797 para 23.392 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 2,61%, o que compara com os 1,99% registados ontem. Nas últimas 24 horas, morreram mais 26 pessoas, elevando o número de vítimas mortais para 880, de acordo com os dados da Direção-Geral de Saúde divulgados este sábado.
Segundo o último balanço das autoridades de saúde, dos 23.392 casos confirmados em Portugal por Covid-19, 1.040 pessoas estão atualmente internadas, das quais 186 em unidades de cuidados intensivos (menos 2 do que ontem). A maioria dos doentes continua ser tratada no domicílio.
Quanto ao número de mortes, há mais 26 óbitos declarados nas últimas 24 horas pela doença, menos do que o aumento de ontem. No total, já 880 pessoas já morreram desde que o surto foi detetado no país, a 2 de março. A taxa de letalidade continua à volta dos 3,7/3,8%.o
O número de pessoas recuperadas continua a aumentar. São agora 1.277 recuperados, mais 49 do que no balanço anterior. Há ainda 4.783 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, bem como 29.932 em vigilância pelas autoridades de saúde.
Porém, é de assinalar uma mudança metodológica na norma 4 que se refere aos casos recuperados: agora está livre da doença quem tenha tido os seus sintomas ultrapassados e tenha testado negativo para Covid-19 uma vez (e não duas, como anteriormente), para o caso dos doentes sem internamento hospitalar. Para os internados o critério dos dois testes negativos, com intervalo de 24h, mantém-se.
O Norte continua a ser a região mais afetada, com um total total de 14.072 casos confirmados e 502 vítimas mortais. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo conta com 5.435 casos e 170 mortes e o Centro com 3.183 pessoas infetadas e 188 mortes.
No Algarve, há 320 infetados e 11 vítimas mortais, enquanto o Alentejo tem 185 casos confirmados e uma morte. Nas regiões autónomas, há 111 casos de infeções nos Açores, sendo que morreram já oito pessoas. Na Madeira não há registo de vítimas mortais, sendo que se mantêm os 86 doentes confirmados.
Temido destaca importância do SNS no 25 de abril
Na habitual conferência de imprensa diária, a ministra da Saúde, Marta Temido, fez questão de dizer que este é “um 25 de abril menos leve”, mas fez-se a “prova” dos que construíram o SNS a seguir à revolução. “Fica a obrigação de o manter e o reforçar como pilar do nosso sistema democrático“, disse Temido, desejando um “bom dia de liberdade para todos”.
“Não assinalar o 25 de abril seria admitir que vivíamos bem sem ele”, argumentou a ministra da Saúde, enaltecendo a importância da Revolução dos Cravos para a área da saúde.
Questionada pelos jornalistas sobre a cerimónia que se realizou esta manhã, a diretora-geral da Saúde elogiou o “excelente plano de contingência” da Assembleia da República, referindo mesmo que o Parlamento “deu um exemplo” para a população ao conseguir celebrar o 25 de abril tomando as medidas necessárias.
SNS retoma atividade não Covid-19 de forma gradual
A ministra da Saúde explicou na conferência de imprensa que o regresso da atividade não Covid-19 do SNS será feita “de forma gradual” e com recurso às consultas à distância quando possível. “Vários hospitais iniciaram já a reprogramação da atividade suspensa e praticamente todos têm já um calendário definido para a retoma”, disse.
Marta Temido explicou ainda que há três tipos de critérios para o desconfinamento: critérios epidemiológicos (controlo da propagação do vírus), critérios de capacidade de resposta do SNS (reforço dos serviços e da proteção dos profissionais) e critérios de vigilância (testes e isolamento de casos). “Na última semana temos trabalhado intensamente na preparação de um eventual desconfinamento”, assinalou, referindo que a agenda que está a ser preparada não significa que o problema está ultrapassado.
O levantamento das restrições, que deverá começar a 4 de maio (e depois a 18 de maio e a 1 de junho, com uma cadência quinzenal), continuará a exigir “o respeito por todas as medidas de saúde pública” e não significa um regresso à normalidade, alertou Temido, assinalando que o desconfinamento será “reavaliado e modificado em função da evolução das circunstâncias, sendo antecipável que o progresso se construa com avanços e recuo”.
Tal como tem acontecido nos últimos dias, Graça Freitas apelou aos portugueses para não abrandarem no nível de contenção face aos exemplos de uma maior circulação de pessoas no país. “Temos de fazê-lo de forma regrada”, disse, referindo-se aos passeios higiénicos. “Vamos ter de tentar manter a nossa saúde mental, tentar manter a sociedade e a economia a funcionar, mas sem colocar em risco a saúde pública“, vincou.
(Notícia atualizada às 14h02 com mais informação)
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