Petróleo volta às quedas. Barril de crude afunda 13% nos EUA
Excesso de matéria-prima e os limites de armazenamento levam a novo tombo das cotações do petróleo nos mercados internacionais. Crude volta a cair abaixo dos 15 dólares. Brent está nos 20 dólares.
Após a bonança, as cotações do petróleo voltam a estar sob forte pressão. O barril de crude derrapa 13% em Nova Iorque, voltando a negociar abaixo dos 15 dólares, enquanto o brent londrino cai 5%. Voltam a acusar o excesso de oferta da matéria-prima no mercado e o quase “transbordar” dos limites de armazenagem global.
O preço do barril de crude recua em Nova Iorque 12,99%, para os 14,74 dólares, após quatro sessão a recuperar da sangria que pela primeira vez na história há precisamente uma semana levou a matéria-prima a negociar com valores negativos. Do lado de cá do Atlântico, o barril de brent apresenta uma queda mais modesta. Após três dias a subir, desvaloriza 4,99%, para os 20,37 dólares, no mercado londrino, dando com terminado um ciclo de três sessões de recuperação.
A derrapagem das cotações do petróleo no norte-americano acontece num dia em que emergem os receios de que o armazenamento em cushing, no Oklahoma, possam atingir a capacidade total em breve. Os stocks de petróleo dos EUA subiram para 518,6 milhões de barris na semana terminada a 17 de abril, perto de um recorde de 535 milhões de barris estabelecido em 2017.
Barril de brent cai em Londres
Os produtores de petróleo denotam não estar a conseguir travar de forma suficientemente rápida o output, sobretudo num contexto em que é esperada uma contração económica global de 2% este ano, uma degradação ainda mais acentuada do que na crise financeira, enquanto a procura de “ouro negro” já colapsou 30% devido aos efeitos da pandemia que ditou a quase paragem de atividade em muitas economias.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, incluindo a Rússia, grupo conhecido como OPEP+, comprometeram-se no início deste mês a reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia, nível sem precedentes, em maio e junho.
(Notícia atualizada às 9h30)
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