Wall Street no vermelho, mas o ano valeu a pena
As praças norte-americanas fecharam a última sessão de 2016 com perdas entre 0,2 e 0,9%. 2016 é, no entanto, o quarto ano consecutivo de ganhos para os mercados do outro lado do Atlântico.
Não foi um fechar de ano com chave de ouro. Longe disso. A última sessão de 2016 foi de perdas para as cotadas de Wall Street, com os três principais índices norte-americanos a encerrarem no vermelho e a cair entre 0,2% e 0,9%. Foi a terceira sessão consecutiva em que os índices abriram em alta mas acabaram por perder o fôlego.
O dia foi especialmente negro para as empresas tecnológicas, com o índice Nasdaq a registar uma queda de 0,9% para 5383,12 pontos, a maior das últimas 16 sessões. O S&P 500 derrapou 0,44% para 2.235,67 pontos. E o Dow Jones adiou para 2017 a meta dos 20 mil pontos: o índice industrial perdeu 0,24%, fechando o ano nos 19.773,11 pontos. Durante o ano, todos os três índices valorizaram, com ganhos entre 10% e 17%. É o quarto ano consecutivo de ganhos.
Quanto ao dólar, mantém-se na trajetória para aquele que deverá ser também o quarto ano consecutivo de valorização, num dia marcado por outro flash crash que fez o euro disparar 1,6% face ao dólar em poucos minutos. O barril de petróleo negoceia-se em Nova Iorque 53,72 dólares, com uma valorização anual de mais de 45% — em 2016, assistiu-se ao maior rally anual da matéria-prima desde 2009, num ano marcado pelo acordo de corte de produção entre os países exportadores da OPEP. Por fim, o ouro avançou 8,2% este ano.
“2016 foi, provavelmente, uma das maiores montanhas-russas guiadas por eventos políticos. Não foi tanto a volatilidade dos ativos nos mercados, mas a volatilidade das perspetivas dos investidores sobre a macroeconomia e a política que o tornou excecional”, disse à Bloomberg Dmitri Petrov, estratego da Nomura International em Londres.
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