Sete em dez empresas portuguesas prevê quebra de lucros superior a 10%
Maioria dos responsáveis financeiros das empresas portuguesas prevê cortar custos e investimentos para fazer face à redução do negócio provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Os administradores financeiros em Portugal não têm grandes dúvidas de que a pandemia do novo coronavírus vai afetar o negócio. Quase sete em cada dez empresas portuguesas preveem uma redução dos lucros ou receitas superior a 10% por causa da crise, de acordo com o inquérito da auditora PwC aos chief financial officers (CFO) em vários países, incluindo Portugal.
Em comparação com os CFO na Dinamarca e Alemanha, “países que fizeram progressos notáveis na reabertura”, os gestores portugueses estão mais pessimistas em relação ao impacto do Covid-19 nas receitas: apenas 26% dos CFO portugueses preveem uma diminuição inferior a 10%, ao passo que há mais dinamarqueses (31%) e alemães (27%) com essas previsões.
Tudo somado, 85% dos responsáveis financeiros em Portugal assumem a diminuição do negócio como um dado adquirido, segundo o mesmo inquérito.
Perspetivando uma menor volume de negócios, as empresas contam reduzir os investimentos e cortar custos para enfrentar a crise: 83% dos CFO admitem que a contenção de custos é a principal medida de resposta (compara com 81% nos vários países); 61% deverão adiar ou cancelar os investimentos previstos.
Se a crise do Covid-19 terminasse imediatamente, seis em cada dez responsáveis financeiros em Portugal estimariam um regresso à normalidade num prazo entre três meses e mais de um ano, uma estimativa em linha com os outros países.
Como impactos positivos, as empresas diz que estão hoje em dia numa melhor posição de resiliência e agilidade a longo prazo (72%) e apresentam uma maior flexibilidade do trabalho (70%).
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