CA Vida e CA Seguros lucram 4,6 milhões no 1º trimestre
A filial Vida do grupo cooperativo liderou os ganhos trimestrais em termos absolutos, mas descaiu em variação homóloga, enquanto a CA Seguros cresceu 70% face ao resultado apurado um ano antes.
As participadas de seguros do grupo Crédito Agrícola contribuíram com 4,6 milhões de euros para o lucro trimestral consolidado da entidade portuguesa que agrega 79 caixas nacionais do setor bancário cooperativo (Fenacam).
Em comunicado, o grupo Crédito Agrícola (CA) revela que o resultado agregado das filiais de seguros subiu 9,1% face aos primeiros três meses de 2019, com a margem técnica a cair 71%, ou 10 milhões de euros. No entanto, a instituição realça uma subida de 27% nas comissões líquidas, que totalizaram 6,2 milhões de euros.
O grupo liderado por Licínio Pina afirma que a rentabilidade sobre capitais próprios alcançada no final do trimestre pelo Crédito Agrícola correspondente a um ROE (Return-on-Equity) de 7,5% (-3,5 p.p. face ao exibido em março de 2019), espelham os resultados conseguidos nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de ativos e fundos de investimento), assinalando-se “os contributos positivos de 2,4 milhões de euros da CA Vida e de 2,2 milhões de euros da CA Seguros.”
No entanto, comparando com os números de março de 2019, conclui-se que a margem técnica atingiu 4,3 milhões de euros em março de 2020 e que o impulso do resultado em seguros foi obra da filial não Vida (CA Seguros opera em seguros e pensões junto particulares e empresas). Por segmento e face ao desempenho de um ano antes, o resultado líquido do negócio Vida encolheu 500 mil euros, enquanto a CA Seguros cresceu perto de 70%, de 1,3 milhões, em março de 2019, para um resultado de 2,2 milhões de euros entre janeiro e março do ano em curso.
No período reportado, “os resultados registados nos veículos de investimento imobiliário (nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 3,4 milhões de euros”, valor ainda assim menos negativo que o registado no período homólogo (-5,3 milhões de euros), nota o comunicado.
O grupo encerrou o primeiro trimestre com um resultado líquido consolidado de 33,8 milhões de euros, a descair 22,3% face ao apurado um ano antes, sendo que o produto bancário (receita) desceu 20%, contribuindo com 29,3 milhões para o resultado apresentado. A carteira de crédito bruto a clientes do grupo totalizava 10,6 mil milhões de euros, evidenciando crescimento de 6% face a março de 2019, indica.
No quadro da pandemia e com referência a 14 de maio de 2020, “as moratórias aprovadas pelo Crédito Agrícola representam um valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros respeitam à moratória legal (DL 10/J-2020)” informa a entidade.
Ainda, em meados de maio, a CA “mantém 602 agências abertas ao público, estando permanentemente a reavaliar a abertura das restantes 40 agências (6%), cuja zona de influência se encontra coberta por serviços bancários alternativos”. Ainda, de acordo com a informação relativa ao trimestre, a rede perdeu 11 agências face a março de 2019.
O Grupo Crédito Agrícola atualiza, “desde o passado dia 16 de março, um plano de contingência orientado para a prevenção e mitigação dos riscos associados à propagação do novo vírus COVID-19, em complementaridade aos seus Planos de Continuidade do Negócio (PCN)”, complementa o comunicado.
Neste contexto, a CCCAM (Caixa Central), entidade matriz do grupo, “tem vindo a simular impactos nas demonstrações financeiras consolidadas de cenários conservadores em relação à situação atual e perspetivada à data de planeamento e orçamentação do exercício de 2020″.
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