Bolsas cedem à pressão de Trump. Galp cai 3% e arrasta Lisboa

A bolsa nacional recua 1%, em linha com as pares europeias, com os investidores receosos face ao crescendo da tensão entre os EUA e a China. Galp pressiona PSI-20, acompanhando queda do petróleo.

Após vários dias animadas face à reabertura gradual das economias rumo a um “novo normal” no âmbito da pandemia e do recente plano de ajuda proposto pela Comissão Europeia, as praças bolsistas da Europa regressam ao vermelho. Os investidores revelam o seu pessimismo, focando as suas atenções em Washington, onde o presidente dos EUA vai falar sobre as relações com a China, já bastante tensas. As ações europeias perdem em torno de 1%, rumo que a praça bolsista lisboeta acompanha, com a Galp a acelerar as perdas para mais de 3%.

O arranque de dia já não fazia antever que a toada de ganhos que já ia em cinco sessões tivesse continuidade na praça bolsista lisboeta. Porém, o PSI-20 acelera agora as perdas do arranque da sessão, perdendo já 1,16%, para os 4.330,04 pontos. Já o Stoxx 600 — referência para as ações europeias — recua 1,13%.

É desta forma que o mercado reage ao crescendo das tensões geopolíticas, depois de na quinta-feira a China ter aprovado a sua lei de segurança nacional para aplicar-se em Honk Kong. Situação alvo de muita contestação naquele território chinês, mas também de críticas no ocidente. Já a China alertou esta sexta-feira que as propostas de sanções dos EUA relacionadas com a minoria uigur interfere com questões internas do país.

“A conferência de imprensa de hoje pode aumentar a ‘parada’ se o presidente Trump aprovar a lei e implementar medidas adicionais que possam sugerir que os EUA desejam enviar uma mensagem aos chineses”, disse Michael Hewson, analista de mercado da CMC Markets, citado pela Reuters.

Por Lisboa, o peso pesado Galp Energia, é o principal elemento de pressão no PSI-20. As ações da Galp Energia que começaram a sessão com perdas ligeiras, já desvalorizam 3,13%, para os 10,675 euros.

Galp pressiona PSI-20

O recuo bolsista da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva acompanha a desvalorização das cotações do petróleo a que esta sexta-feira se assiste nos mercados internacionais. O preço do barril de crude recua 3,29%, para os 32,6 dólares, no mercado de Nova Iorque. Já do lado de cá do Atlântico, o brent perde 2,72%, para os 34,33 dólares, no mercado londrino. O “ouro negro” cede à pressão de Trump, mas também aos dados dos inventários que nos EUA revelam uma quebra na procura de combustível.

Também a rondar os 3%, são as perdas do BCP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya desvalorizam 2,67%, para os dez cêntimos, interrompendo um ciclo de ganhos semanal que já ia em 11% para as suas ações.

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