Consumo de eletricidade caiu 13,2% em maio

Olhando para os primeiros cinco meses de 2020, a evolução no acumulado do ano é negativa em 4,7%, (ou 4,6% com correção de temperatura e dias úteis).

Há 17 anos que não se consumia tão pouca eletricidade em Portugal. De acordo com a REN, o consumo de energia elétrica recuou 13,2% no mês de maio, face a igual período do ano passado. Olhando para os primeiros cinco meses de 2020, a evolução no acumulado do ano é negativa em 4,7%, (ou 4,6% com correção de temperatura e dias úteis).

“Trata-se de uma contração semelhante à verificada no mês anterior e é o consumo mais baixo para o mês de maio registado desde 2003“, refere a REN em comunicado.

Já no mercado de gás natural, o consumo nacional caiu 32% por comparação com o período homólogo, “resultado de uma variação negativa de 28% no segmento convencional e, também, negativa em 40% no segmento de produção de energia elétrica. A redução no segmento convencional tem a influência de grandes consumidores que anteciparam as suas paragens anuais”.

No período de janeiro a maio, registou-se uma redução no consumo de 2,1%, com o crescimento de 18% no mercado elétrico (em que as centrais de ciclo combinado a gás natural compensaram a saída de cena do carvão) a não ser suficiente para compensar a quebra de 8,7% no segmento convencional (famílias, empresas e indústria).

Em maio, a produção de eletricidade nas barragens manteve-se acima da media histórica, ao contrário do que se registou nas eólicas. Nos últimos cinco meses, o índice de produtibilidade eólica registou o valor mais baixo dos registos da REN, desde 2001.

No período de janeiro a maio, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 34%, eólica com 24%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 2,3%, apresentando neste último caso, proporcionalmente, o maior crescimento.

A produção não renovável abasteceu 28% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo o carvão uma produção residual. Neste período registou-se um saldo importador equivalente a cerca de 5% do consumo nacional.

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