IHRU vai ser menos tolerante nos pedidos de empréstimos. Chumbos vão aumentar
São muitos pedidos de empréstimos para as rendas para tão poucos trabalhadores. E, por isso, o IHRU vai começar a ser menos tolerante nos processos que não reúnam a documentação necessária.
O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) vai ser mais duro na aceitação dos empréstimos para as rendas, isto porque, explicou a presidente da entidade, o número de pedidos recebido tem sido bastante superior ao número de trabalhadores disponíveis para os analisar. Assim, os processos que não reúnam a documentação necessária passarão a ser mais facilmente chumbados e os requerentes terão de fazer um novo pedido.
No espaço de dois meses foram recebidos 1.896 pedidos de empréstimos para as rendas, anunciou esta terça-feira Isabel Dias, presidente do IHRU, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. Estes pedidos estão a ser analisados manualmente pelos funcionários do instituto, o que, disse a responsável, está a ser um trabalho moroso e difícil. E a verdade é que o Plano de Estabilização Económica e Social (PEES) já prevê mais 20 novos efetivos para o IHRU.
“As medidas que começámos a tomar passam por pôr um número limite aos pedidos”, começou por explicar Isabel Dias, referindo que muitos desses pedidos de empréstimos chegam ao IHRU incompletos, com documentos em falta.
E, se até aqui os funcionários ajudavam os requerentes a anexar a documentação necessária, com sucessivos contactos, a partir de agora isso deixará de acontecer. Ou seja, o IHRU irá contactar os requerentes apenas uma vez para que seja corrigida a documentação. Se depois deste contacto o processo regressar novamente incompleto, será chumbado.
Os processos que estão a demorar muito tempo com os funcionários a ligar e a enviar emails multiplicam a análise de 2.000 processos várias vezes, disse. “O número de indeferimentos vai subir, o que não significa que o número de pedidos não suba também. Vamos ter de limpar um pouco por aí para agilizar a análise”, continuou a responsável.
De acordo com os dados adiantados por Isabel Dias, até ao momento o IHRU concedeu 479 empréstimos e “rejeitou liminarmente por falta de elementos” 16 pedidos, alguns “porque não tinham sequer a identificação que permitisse chegar às pessoas”. O “IHRU faz tudo o que é possível para não indeferir processos”, explicou a responsável.
“Não houve indeferimento de processo nenhum por parte do IHRU em relação aos empréstimos”, salientou a presidente do instituto, explicando que “o que há é uma rejeição liminar”. Isabel Dias sublinhou que a “opção do IHRU foi apoiar as pessoas ao máximo para evitar os indeferimentos e rejeições liminares” e que “não há indeferimentos por decisão do IHRU sem analisar os requisitos de elegibilidade”.
(Notícia atualizada às 13h34 com mais informação)
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