“Big Four” obrigadas a separar unidades de auditoria até 2024
Regulador britânico deu um prazo até outubro para que a PwC, Deloitte, EY e KPMG revelem os planos de separação das respetivas unidades de auditoria do resto do negócio.
As quatro grandes firmas de contabilidade britânicas — PwC, Deloitte, EY e KPMG — têm até junho de 2024 para separar as respetivas unidades de auditoria do restante negócio. Decisão foi anunciada esta segunda-feira pelo regulador do setor que pretende com isso trazer mais transparência às atividades das designadas “Big Four”, adianta o Financial Times (acesso pago).
O Financial Reporting Council (FRC), regulador britânico para as empresas de auditoria e contabilidade divulgou esta segunda-feira um conjunto de princípios com vista à separação operacional das unidades de auditoria das quatro gigantes do setor. Deu-lhes ainda até 23 de outubro deste ano para que revelem os planos para a implementação dos 22 princípios em causa, e determinou que até junho de 2024 as medidas estejam implementadas.
Essa revisão estrutural do negócio das empresas deste setor surge com o objetivo de garantir que as práticas de auditoria estão focadas, acima de tudo, na realização de auditorias de elevada qualidade e no interesso público, e escapem a interesses cruzados que possam existir no resto das empresas em causa. Essa decisão surge após o colapso de várias empresas entre as quais a construtora Carrillion e mais recentemente a Wirecard.
Os novos princípios da FRC exigem que as empresas paguem os auditores de acordo com os lucros de suas auditorias, alterem as finanças da divisão de auditoria com a constituição de uma conta de ganhos e perdas separada e apresentem um conselho de auditoria independente para supervisionar as respetivas práticas. As “Big Four” geram cerca de um quinto das receitas das suas práticas de auditoria, que foram prejudicadas pela rápida expansão de suas divisões de consultoria nos últimos anos.
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