França limita companhias aéreas chinesas a um voo por semana
Em nome da reciprocidade em relação à Air France, França limitou o número de voos semanais operados pelas companhias aéreas chinesas a um por semana.
França decidiu limitar o número de voos semanais operados pelas companhias aéreas chinesas a um por semana, em nome da reciprocidade em relação à Air France, anunciou a embaixada francesa em Pequim.
Primeiro país a ser afetado pela Covid-19, a China reduziu drasticamente as ligações com o resto do mundo no final de março.
Contudo, desde 8 de junho, Pequim tem permitido que várias companhias aéreas estrangeiras, incluindo a Air France, operem um voo por semana de e para o país.
Por outro lado, as três principais companhias aéreas chinesas (Air China, China Oriental, China Meridional) podiam até agora operar, cada uma, um voo semanal China-França (três no total).
As autoridades francesas procuram garantir à Air France os mesmos direitos, o que seria equivalente a três rotas semanais para a China.
“Na ausência de progressos (…), temos vindo a aplicar uma estrita reciprocidade desde sexta-feira passada”, informou a embaixada de França na capital chinesa.
Na prática, a decisão implica a eliminação de dois voos por semana para as companhias chinesas.
Os voos do Sul e do Leste da China previstos esta semana para França foram cancelados, de acordo com os horários publicados online. Um voo da Air China Beijing-Paris continuava anunciado para segunda-feira.
No início de junho, a China anunciou uma retoma muito limitada dos voos internacionais, depois de Washington ter ameaçado suspender os voos das companhias aéreas chinesas para os Estados Unidos.
Na prática, as companhias aéreas estrangeiras devem primeiro obter “luz verde” da cidade de chegada, o que complica o processo.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 566 mil mortos e infetou mais de 12,79 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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