Portugal tem maior quebra da UE nas vendas de ligeiros em junho
A média da União Europeia no que diz respeito às vendas de automóveis ligeiros de passageiros no mês de junho foi de uma quebra de 22,3%.
Portugal registou a maior quebra homóloga, entre os países europeus, nas vendas de automóveis ligeiros de passageiros em junho, avançou a ANECRA, citando dados da Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).
“Segundo os dados divulgados pela Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), Portugal foi o país que registou a maior quebra homóloga (-56,2%) no que toca a vendas de automóveis ligeiros de passageiros no mês de junho deste ano. Note-se que, a média da União Europeia foi de -22,3%”, indicou, em comunicado, a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA).
A seguir a Portugal, ficaram a Croácia, Lituânia, Holanda, Grécia e Espanha, com perdas de, respetivamente, 49,4%, 40,8%, 39,2%, 37,2% e 36,7%. “Com 233.814 unidades vendidas, a França foi o único país do velho continente a registar um crescimento de vendas no mês de junho (+1,2%)”, superando a Alemanha, anterior líder, que totalizou uma descida de 32,3%.
Bélgica (-1,8%) e a República Checa (-5,8%) foram os únicos países a apresentar retrocessos homólogos abaixo dos dois dígitos. Nos primeiros seis meses do ano, os mercados com maiores descidas foram a Croácia (54,4%), Espanha (50,9%) e Portugal (49,6%).
“Já a média da União Europeia foi de um decréscimo homólogo de 38,1%, o que equivale a menos 2.634.211 automóveis comercializados”, revelou. Por sua vez, a Alemanha “manteve o estatuto de maior mercado europeu” com 1,21 milhões de veículos, embora este número reflita uma redução de 34,5%.
“Estes números confirmam que o setor automóvel, que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB), 6% do emprego e 12% das exportações na UE, está a ser muito afetado por uma pandemia que obrigou a paralisar parte das fábricas ou a destiná-las a outras atividades”, considerou a ANECRA.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infetou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.682 pessoas das 48.077 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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