Número de desempregados inscritos no IEFP desceu pela primeira vez desde o início da pandemia

Em junho, face ao período homólogo, registou-se um aumento de 36,4% do número de desempregados inscritos no IEFP. Ainda assim, verificou-se um recuo em comparação com maio deste ano.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) desceu, pela primeira vez, desde o início da pandemia de coronavírus. Em junho, face a maio, registou-se um recuo de 0,6%, de acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira. Ainda assim, em comparação com o mesmo mês de 2019, verificou-se um salto de 36,4% do número de inscritos nos centros de emprego, que ascendem a 406 mil.

“No fim do mês de junho de 2020, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 406.665 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao mesmo mês de 2019 (+108.474; +36,4%) e inferior face ao mês anterior (-2.269; -0,6%)“, explica o IEFP, na nota divulgada esta manhã. Na variação em cadeia, o recuo referido é o primeiro desde o início da pandemia.

A nível regional, a maioria das regiões viu o número de desempregados cair, face a maio, com exceção de Lisboa e Vale do Tejo (com um aumento de 1,6%) e da Madeira (com uma subida de 3,5%).

Já na comparação homóloga, foi o Algarve a destacar-se, com um agravamento do número de desempregados de 231,8%. O setor do turismo e da restauração tem sido um dos mais afetados pela crise pandémica, daí que esta região esteja a registar um aumento mais significativo do número de inscritos no IEFP. Isto apesar de junho ser, tradicionalmente, um mês de melhoria do emprego, neste setor.

Apesar do forte agravamento registado no Algarve, do total dos cerca de 406 mil desempregados inscritos no IEFP, apenas 6,4% são dessa região. O Norte (com 37,8%) é a região mais afetada. Tem atualmente 153.548 desempregados inscritos nos centros de emprego.

Em contraste, nos Açores, o número de inscritos nos serviços de emprego desceu 1,7% face a junho de 2019.

Na nota divulgada esta segunda-feira, salienta-se também que o desemprego aumentou nos três setores de atividade em termos homólogos, mas o setor dos serviços destacou-se com um salto de 47,2%. E na área do alojamento, restauração e similares o aumento registou-se uma subida de 94,4%, seguindo-se os transportes e armazenagem (com um salto de 70,4%) e a área das atividades imobiliárias, administrativas e os serviços de de apoio (com um aumento de 57,7%).

O Ministério do Trabalho sublinha, por outro lado, que o número de colocações foi superior em junho deste ano face a junho de 2019 (7.709 contra 7.517). Já as ofertas de emprego captadas em junho 2020 estão “muito perto das ofertas” captadas há um ano, frisa o gabinete de Ana Mendes Godinho. Em junho deste ano, os serviços de emprego registaram 10.328 ofertas, mais 3.357 do que em maio e menos 456 do que em junho de 2019.

(Notícia atualizada às 11h34)

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