Quebras na aviação levam AIE a cortar previsão para a procura de petróleo em 2020

A agência cortou a previsão para a procura de petróleo em 2020, alertando que a redução das viagens aéreas devido à pandemia do coronavírus deverá ditar uma redução em 8,1 milhões de barris por dia.

A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou a sua previsão para a procura de petróleo em 2020, alertando que a redução das viagens aéreas devido à pandemia do coronavírus deverá ditar uma redução em 8,1 milhões de barris por dia na procura global da matéria-prima.

O alerta da agência sedeada em Paris surge no seu relatório mensal publicado esta quinta-feira. Neste documento, a AIE diz esperar que a procura global contraia em 8,1 milhões de barris este ano, mais 140 mil do que no relatório anterior, para um total de 91,9 milhões de barris. Trata-se da primeira vez em vários meses que a agência prevê uma contração mais acentuada da procura global do “ouro negro” em 2020.

“A procura de combustível pela aviação continua a ser a principal fonte de fraqueza”, disse a AIE no seu relatório mensal. “Em abril, o número de quilómetros feitos pela aviação caiu quase 80% em relação ao ano passado e em julho o défice ainda era de 67%… Os setores de aviação e transporte rodoviário, ambos componentes essenciais do consumo de petróleo, continuam a lutar”, enquadrou ainda.

A agência diz ainda que, embora a oferta tenha superado a procura em junho, a incerteza sobre a procura futura, a que acresce o aumento da produção por parte dos principais produtores, significa que o reequilíbrio dos mercados de petróleo será “delicado”.

Relativamente ao próximo ano, a AIE prevê uma recuperação da procura de 5,2 milhões de barris por dia, um corte ligeiro face ao antecipado no mês passado. O processamento das refinarias deve cair 6,9 milhões de barris por dia, com a recuperação do próximo ano a dever ficar abaixo dos níveis históricos de 2018, refere a AIE.

No dia em que são conhecidas as mais recentes previsões da AIE para a evolução do mercado petrolífero, as cotações do “ouro negro” seguem em queda ligeira mais próximo de máximos de cinco anos.

O preço do barril de brent cede 0,18%, para os 45,35 dólares, no mercado londrino, enquanto o crude transacionado em Nova Iorque recua 0,21%, para os 42,58 dólares.

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