EDP Distribuição vai passar a chamar-se E-Redes. ERSE dita mudança de imagem e de marca

O operador de redes de distribuição tem agora um período transitório até 31 de janeiro de 2021 para implementar todas as medidas necessárias à concretização da sua nova image, escolhida pelo regulador

Primeiro foi a EDP Serviço Universal que mudou de nome para SU Eletricidade por ordem da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Agora o regulador determinou também a mudança de marca e imagem da EDP Distribuição para E-Redes. O típico logótipo vermelho do grupo EDP é assim substituído por um de fundo amarelo, com letras pretas. A medida, diz a ERSE, tem como objetivo “evitar confusões entre as restantes marcas do grupo EDP e será implementada de forma gradual por forma a assegurar a neutralidade de custos para os consumidores de eletricidade”.

No terreno, a EDP Distribuição tem agora um período transitório de cinco meses para implementar todas as medidas necessárias à concretização da sua nova imagem corporativa, somando-se ainda um período adicional até 31 de dezembro de 2021 para a mudança das instalações de atendimento de utilização exclusiva do operador de rede de distribuição. Já até 31 de outubro de 2020, a EDP Distribuição tem de comunicar à ERSE, para aprovação, a calendarização e planificação do processo de mudança.

A empresa do grupo EDP garantiu já em comunicado que o processo de alteração de marca deverá estar concluído até 31 de janeiro de 2021, sendo que até ao final do próximo ano serão feitas as ações necessárias para a total alteração de imagem. “O projeto de mudança será gradual e irá incidir sobre infraestruturas, pontos de atendimento, frota, sistemas de informação, suportes de comunicação e equipamentos de proteção dos operacionais do terreno“, diz a EDP Distribuição.

“O processo da diferenciação de imagem corporativa, incluindo instalações de atendimento, equipamentos ou outros elementos físicos, deve ser implementada de modo gradual e incremental, assegurando a neutralidade de custos”, refere a ERSE. Além disso, o projeto detalhado de alteração de imagem tem de garantir “uma transição sem qualquer perturbação para os consumidores, companhias, concessionários, autarquias e outras entidades que se relacionam com a empresa”.

Já a EDP Distribuição garante que “com esta alteração de imagem, que deixa de ter elementos de cor ou design comuns a outras empresas do universo EDP, reforça-se também a identificação e a singularidade da operadora de redes de distribuição”. Esta mudança faz parte da estratégia de aposta do grupo EDP nas redes de distribuição de eletricidade na Península Ibérica (com a recente compra da espanhola Viesgo), já que uniformiza o nome das operadoras de rede a nível ibérico: em Espanha também já está implementado o nome E-Redes. O grupo EDP está também a apostar nas redes de distribuição no Brasil, onde participará em novos leilões no final deste ano.

Em 2017, na última revisão do Regulamento de Relações Comerciais do setor elétrico (RRC), a ERSE impôs um aprofundamento da separação de imagem entre operadores do mesmo grupo (neste caso, a EDP), com destaque para o operador da rede de distribuição, em linha com as orientações da Comissão Europeia. Nesse contexto, a EDP Distribuição, enquanto operador de rede de distribuição em alta, média e baixa tensão no setor elétrico, remeteu à ERSE uma proposta de diferenciação de imagem. O processo de mudança durava já há dois anos, tendo ficado em stand by devido ao lançamento dos procedimentos dos concursos para a atribuição de concessões municipais de distribuição de eletricidade, também em 2017, e que se encontra ainda pendente de conclusão.

O fim dos contratos a 20 anos estabelecidos entre os municípios e a EDP Distribuição “veio interferir no processo, tendo aconselhado prudência acrescida quanto a alterações sobre ativos em baixa tensão, incluindo a imagem”.

“Por imposição regulamentar, a ERSE aprova agora, como diferenciação de imagem, a opção de linha gráfica de cor amarela e a designação comercial E-Redes propostas pela empresa. Determina também que a linha gráfica de cor amarela e a designação comercial E-Redes não podem conter elementos gráficos, cromáticos, simbológicos ou comunicacionais comuns com quaisquer outras empresas integradas no grupo EDP, designadamente comercializadores em regime de mercado ou comercializadores de último recurso”, refere o regulador em comunicado.

E precisamente porque ainda decorre o processo de concessão da distribuição de energia elétrica em baixa tensão, a EDP Distribuição não pode levar a cabo para já nenhuma ação promocional da nova marca E-Redes “que extravase o estrito cumprimento do dever de informação aos operadores económicos que consigo se relacionam”, refere a ERSE

A EDP Distribuição é a empresa concessionária da rede de distribuição de alta e média tensão em Portugal Continental e das redes de baixa tensão dos 278 municípios portugueses. A empresa distribui eletricidade para 99,5% dos pontos de entrega nacionais, totalizando cerca de 6 milhões de clientes. Enquanto operadora de rede, a EDP Distribuição está presente em todo o território continental gerindo 179 mil quilómetros de rede aérea e 49 mil de rede subterrânea. Nos últimos 16 anos, reduziu o tempo médio de interrupção de serviço na ordem dos 86%.

A futura E-Redes irá garantir o mesmo nível de serviço e as operações a nível nacional através das concessões de distribuição de energia de alta, média e baixa tensão. “A empresa mantém ainda o seu empenho na transição energética e o compromisso de continuar a ser uma marca de confiança e próxima dos consumidores, com um serviço de qualidade, focado no cliente e orientado por forte responsabilidade social”, refere o comunicado.

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