Lucros do Crédito Agrícola caem 33% com provisões para a pandemia
Banco fechou os primeiros seis meses com lucros de 50,1 milhões de euros, uma quebra face ao mesmo período do ano passado em resultado da quebra do negócio e de provisões para a pandemia.
O Crédito Agrícola fechou os primeiros seis meses com resultados líquidos de 50,1 milhões de euros, uma quebra de 32,7% face ao mesmo período do ano passado, em resultado quebra do negócio mas também de provisões realizadas por causa da pandemia.
O negócio bancário caiu 36,5% face ao período homólogo, para 40,1 milhões de euros, “num período fortemente marcado pela pandemia provocada pelo coronavírus”, explica a instituição financeira liderada por Licínio Pina. O banco viu ainda a necessidade de constituir provisões extraordinárias de 17,4 milhões de euros “para salvaguardar riscos potenciais relacionados com o reconhecimento de imparidades na carteira de crédito e desvalorização de unidades de participação de fundos imobiliários”.
Em termos operacionais, a margem financeira do Crédito Agrícola caiu 3,9% para 156,3 milhões de euros na primeira metade deste ano. Mas ainda assim, o produto bancário subiu 8,3%, com o banco a beneficiar com o aumento de 13,2% das comissões líquidas e dos resultados das operações financeiras que cresceram 127,3%.
Já a carteira de crédito bruto totalizou 10,8 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 5,8% nos últimos 12 meses. O banco diz que esse acréscimo “contribuiu para o reforço de quota de mercado de crédito do Grupo Crédito Agrícola para 5,7%, num movimento que se verifica consistentemente há 6 anos consecutivos”.
Por sua vez, os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizavam cerca de 15,8 mil milhões de euros, o que em termos homólogos, corresponde a uma subida de 11,2%, para um total de 1.590 milhões de euros, o que “contribuiu para a redução do rácio de transformação que, no final do período, ascendia a 66,0%”.
19 mil moratórias correspondentes a 2,1 mil milhões de euros atribuídas
O Crédito Agrícola diz ainda ter já aprovado, até ao final do primeiro semestre, mais de 19 mil moratórias associadas à pandemia de Covid-19, que correspondem a 2.128 milhões de euros.
O banco liderado por Licínio Pina dá ainda conta que do total das moratórias, “1.926 milhões de euros correspondem a moratórias legais [públicas]”, e o restante diz respeito “a outras moratórias concedidas ao abrigo de moratórias privadas APB ou Crédito Agrícola”.
“Ainda em relação às moratórias, 80,8% do montante corresponde a crédito a empresas, 16,5% corresponde a crédito habitação e 2,6% a outros créditos a particulares“, detalha ainda o banco.
O Crédito Agrícola diz ainda que “concedeu 148 milhões de euros ao abrigo das linhas de crédito protocoladas Covid-19, com a garantia do Estado”, que chegaram a 1.459 empresas nacionais.
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