Media Capital diz-se “consciente” do seu valor após OPA da Cofina

No rescaldo da OPA geral da Cofina, a administração liderada por Manuel Alves Monteiro enviou uma mensagem aos trabalhadores a garantir que defenderá os interesses dos "colaboradores e acionistas".

O conselho de administração da Media Capital assume-se “consciente do valor” do grupo e constata haver já uma “clara estratégia” a seguir e “um plano de negócios” já aprovado. Declarações que fazem parte de uma mensagem enviada aos trabalhadores, a que o ECO teve acesso, depois de a Cofina ter anunciado o alargamento da OPA à totalidade do capital da dona da TVI.

“O conselho de administração da sociedade grupo Media Capital está consciente do valor deste grupo de empresas e negócios que o compõem, suportado num histórico de liderança, num desempenho resiliente perante um contexto de pandemia muito desafiante, nos evidentes sinais de recuperação que vimos registando e na prossecução de uma clara estratégia e de um plano de negócios que recentemente foram aprovados”, lê-se na missiva. A mensagem foi noticiada primeiro pelo Expresso.

Esta quarta-feira, o grupo que detém o Correio da Manhã anunciou uma revisão das condições da OPA que estava em curso, alargando-a à totalidade do grupo Media Capital e propondo uma contrapartida de referência de 41,5 cêntimos por ação, ou 0,004 euros acima dos 41,1 cêntimos que a Pluris Investments de Mário Ferreira pagou recentemente por 30,22% do grupo. (Mário Ferreira também é acionista do ECO.)

A OPA da Cofina está sujeita a diversas condições, como a fixação de um auditor independente. Se a contrapartida mínima fixada pelo auditor for superior aos 41,5 cêntimos, a OPA sobre a Media Capital limita-se a um máximo de 5,31% das ações da empresa, contando que a CMVM fixa o referido auditor, o que o regulador já confirmou que irá fazer. A operação fixa o valor da Media Capital (enterprise value) em cerca de 130 milhões de euros.

Na carta aos trabalhadores, a administração liderada por Manuel Alves Monteiro refere ainda que “os termos desta operação serão analisados e o conselho de administração terá oportunidade de emitir um relatório com a sua posição sobre a operação e os termos que a regem”. A dona da TVI terá oito dias para se pronunciar, a contar da data da receção dos projetos de prospeto e do anúncio de lançamento da OPA.

A administração conclui a carta, sublinhando que, “na tomada de posição sobre a presente operação, o conselho de administração orientar-se-á pela defesa dos interesses dos stakeholders da empresa e, em particular, dos seus colaboradores e acionistas”.

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