Portugal já nomeou Mourinho Félix para vice-presidente do Banco Europeu de Investimento

"O BEI recebeu a nomeação para a vice-presidência de Espanha e Portugal", confirmou ao ECO fonte oficial do banco. O processo de seleção pode durar entre dois a quatro meses.

O Governo português já entregou formalmente o nome de Ricardo Mourinho Félix como candidato à vice-presidência do Banco Europeu de Investimento (BEI). O ex-secretário de Estado das Finanças deverá suceder a Emma Navarro, numa nomeação conjunto de Portugal e Espanha.

“O BEI recebeu a nomeação para a vice-presidência de Espanha e Portugal”, confirmou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Werner Hoyer. Essa nomeação foi enviada pelo Ministério das Finanças na quinta-feira passada e o nome de Mourinho Félix já está em background checks, apurou o ECO.

O processo de escolha dos elementos que vão integrar o comité executivo do BEI começa agora com o pedido ao comité consultivo de nomeação do banco que emite uma opinião não vinculativa ao conselho de administração do banco e posteriormente ao conselho de governadores, composto pelos 27 ministros das Finanças, ou da Economia, da União Europeia. É ao conselho de governadores que caberá a decisão final.

Todo este processo costuma durar, em geral, entre dois a quatro meses, explicou ao ECO fonte oficial da instituição. Isto significa que a espanhola Emma Navarro vai ter de permanecer no cargo um pouco mais tempo, já que o seu mandato termina em setembro, e tendo em conta que tomou posse a 1 de junho de 2018.

O Comité Executivo é o órgão executivo permanente do BEI, composto por um presidente e oito vice-presidentes. Portugal e Espanha apresentam sempre uma candidatura conjunta. Existe um acordo entre os dois países para que Portugal assegure a vice-presidência por três anos — neste caso até setembro de 2023 — e Espanha por 12.

Caso receba luz verde do board, Mourinho Félix irá ocupar um cargo que já foi do governador cessante do Banco de Portugal, Carlos Costa, e de Oliveira e Costa, o antigo presidente do BPN, que acabou condenado a 15 anos de prisão.

O nome de Mourinho Félix foi desde cedo o mais falado para ocupar o cargo, tal como o ECO avançou, a partir do momento em que ficou certo que o então secretário de Estado não iria permanecer no Executivo, optando por regressar ao Banco de Portugal. Mas houve outros candidatos na corrida. De acordo com o Jornal Económico, Mário Centeno terá sido convidado, mas recusou. E os nomes de Máximo dos Santos, vice-governador do Banco de Portugal, presidente do Fundo de Resolução, e de Alberto Souto Miranda, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, também foram nomes que ecoaram nos corredores das Finanças.

O cargo é apetecível até porque um dos braços do combate aos efeitos da pandemia passa pelo BEI: o fundo de garantia pan-europeu que vai financiar empresas em dificuldades devido à Covid-19. O fundo está dotado com 25 mil milhões de euros e poderá mobilizar até 200 mil milhões suplementares.

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