Subida dos pedidos de subsídio de desemprego provoca nova correção em Wall Street

Depois do alerta da Fed, números do mercado de trabalho vieram confirmar fragilidade da retoma da maior economia do mundo. S&P 500 e Nasdaq estão a corrigir novamente depois dos recordes.

Wall Street volta a corrigir depois dos máximos históricos alcançados na terça-feira. Além do alerta da Reserva Federal americana sobre os obstáculos que a economia enfrenta na retoma pós-pandemia, os investidores tiveram hoje indicadores do mercado de emprego desfavoráveis.

O número de americanos que pediram subsídio de desemprego subiu para 1,106 milhões na semana que terminou a 15 de agosto, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho, uma subida inesperada que não estava no “radar” dos investidores e que mostra as dificuldades que a Fed sublinhava nas atas divulgadas esta quinta-feira.

Segundo o banco central americano, “a atual crise de saúde pública vai ter um forte peso na atividade económica, emprego e inflação de curto prazo e representa um risco considerável para o outlook económico de médio prazo”.

“No curto prazo, se os números dos novos pedidos de subsídio de desemprego saíram pior do que o esperado, vejo o Congresso a lançar um novo programa de estímulos, talvez dando maior prioridade a isso”, referiu Jeffrey Corliss, da RDM Financial Group, citado pela Reuters. “As atas da Fed deram-nos a realidade factual do que o banco central está a ver na economia e está preocupado com a atual situação”, acrescentou.

Neste cenário, depois de terem renovado máximos de sempre ainda há dois dias, o índice S&P 500 volta a ceder, recuando 0,49% para 3.358,38 pontos. Também o Nasdaq bateu recordes nas últimas sessões e está agora a deslizar 0,32%. O industrial Dow Jones acompanha o sentimento negativo, com uma queda de 0,48%.

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