Pandemia atira mais 12 mil portugueses para o RSI
Em cinco meses, o número de beneficiários do RSI passou de 199 mil para quase 212 mil. Isto por causa do impacto da pandemia de coronavírus na economia portuguesa.
O impacto da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho e no tecido empresarial português está a fazer crescer, de dia para dia, o número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Segundo o Público (acesso pago), se em fevereiro havia 199.160 pessoas a receber este apoio, cinco meses depois o número de beneficiários saltou para 211.659, sendo que mais de um terço são menores de 18 anos.
Há quase dois anos que o recurso a este medida — desenhada para aliviar a pobreza extrema — estava a diminuir de modo consistente. O número de beneficiários registado em fevereiro era mesmo o valor mais baixo desde março de 2006, antes da crise da dívida. A Covid-19 levou, contudo, a uma inversão da tendência e o universo portugueses a receber o RSI ultrapassou logo em março a fasquia dos 200 mil.
A explicar esta evolução está, por um lado, o desemprego, o aumento da severidade da pobreza, o subemprego e outras formas de trabalho precário. Por outro, a flexibilização no acesso a este apoio que foi promovida pelo Executivo de António Costa, no sentido de reforçar o proteção social durante a crise pandémica. Nesse quadro, ficou garantida, por exemplo, a renovação da prestação e adiou-se a verificação oficiosa da composição do agregado familiar e dos rendimentos.
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