Marcelo: Número de novos casos “não é uma boa notícia”

O Presidente da República deixou um alerta sobre o número de novos casos, o qual atingiu um máximo de abril na sexta-feira.

O Presidente da República considera que “não é uma boa notícia” o que está a ocorrer no número de novos casos de infetados em Portugal e pede aos portugueses para cumprirem as regras, nomeadamente as que começarão a aplicar-se a partir de 15 de setembro.

Marcelo considera que a situação em termos de cuidados intensivos e de internamentos é “sem stress”, existindo um “número baixo de óbitos”, mas o número de casos “tem vindo a aumentar” e é “preocupante”. O Presidente admite que os 673 novos casos do relatório deste domingo são uma fonte de preocupação uma vez que ao fim de semana os números tendencialmente eram mais baixos do que durante a semana.

Não pondo em risco o controlo em matéria de resposta do Serviço Nacional de Saúde e com uma idade dos [novos] casos até aos 29 anos, ainda assim não é uma notícia, de facto“, confessou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela TVI24, aguardando pela evolução futura dos números. O Presidente da República relembrou que as novas medidas aprovadas pelo Governo só se aplicarão a partir de dia 15 de setembro pelo que só a partir daí se poderá perceber qual o impacto destas no andamento da pandemia.

[As medidas] só produzem efeitos se as pessoas ajudarem. Não há máquina de Estado em condições de aplicar sanções se forem incumpridas. É impossível estar atrás de todas as pessoas“, disse Marcelo, pedindo atenção a todos para que as medidas sejam efetivamente cumpridas. O objetivo é “evitar” que os números passem para os 700, 800 ou mesmo 900, alertou.

O Presidente da República admite que a Europa já admite um agravamento generalizado da pandemia, mas que é incerto quanto tempo demorará para a situação melhorar. Para Marcelo é preciso avaliar semana a semana os números para perceber se estamos perante uma segunda vaga de infeções.

O chefe de Estado deixou também uma palavra para o Algarve por causa do fim dos corredores aéreos do Reino Unido para Portugal Continental: “É uma injustiça”, classificou, referindo que foi positiva a diferenciação feita aos Açores e à Madeira. O Presidente da República deixou também um recado para quem decide onde se vão aplicar os 300 milhões de euros da União Europeia para a diversificação económica da região: “É um desafio (…), mas é preciso que na gestão dessa verba tenha uma palavra decisiva os autarcas algarvios e não uma decisão burocrática longínqua”.

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