De 2 a 696 milhões. Os cinco números do turismo em ano de pandemia
Num ano marcado pela pandemia, o setor turístico foi um dos mais impactados. Depois de um recorde em 2019, este é um ano perdido. Veja os cinco números que descrevem o turismo atualmente.
Foi a partir de junho, com a chegada do verão, que o turismo começou a dar os primeiros sinais de recuperação. Ainda assim, 2020 é um ano perdido para os profissionais deste setor, responsável por mais de 8% do PIB nacional. Quando é que se voltará aos níveis recorde do ano passado? Não se sabe. Enquanto isso não acontece, as consequências da pandemia estão à vista. E os números falam por si. No dia em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, o ECO reuniu cinco números que caracterizam o estado atual deste setor.
5,4 milhões de turistas
Os números mais recentes publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em julho, os alojamentos turísticos nacionais receberam 5,4 milhões de turistas. No ano passado, por esta altura, eram mais de 15 milhões. Ou seja, a pandemia provocou uma quebra superior a 64% no número de hóspedes.
Dos mais de cinco milhões de turistas que passaram por Portugal este ano, cerca de um quinto concentrou-se apenas no mês de julho. A maior ajuda veio dos portugueses, num total de 3,05 milhões de hóspedes, em comparação com os 2,35 milhões que chegaram do estrangeiro. Mas também aqui se notaram quebras: os turistas residentes diminuíram 48,4%, enquanto os internacionais reduziram 74,3%.
1,15 milhões de britânicos
Os britânicos foram a nacionalidade que mais procurou Portugal na hora de passar férias. Os dados do INE mostram que, entre janeiro e julho, os alojamentos turísticos nacionais hospedaram 1.151.599 britânicos, menos 78% do que no mesmo período do ano passado (mais de 5,3 milhões). Atrás dos britânicos aparecem os alemães (952.118 turistas) e os espanhóis (827.193).
696,4 milhões de euros
Até julho, o turismo obteve 696,4 milhões de euros em proveitos totais, menos 70% do que no mesmo período do ano passado, refere o INE. A maior fatia destes proveitos foi da responsabilidade da hotelaria (mais de 596 milhões de euros), enquanto o alojamento local canalizou 69 milhões e o turismo de espaço rural e habitação registou cerca de 31 milhões de euros. No que diz respeito aos proveitos por aposento (valores resultantes das dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico), estes fixaram-se em 513,8 milhões de euros até julho.
10,5 milhões de dormidas na hotelaria
A hotelaria continua a liderar as preferências dos hóspedes na hora de passar a noite e, até julho, canalizou mais de 10,45 milhões de dormidas, o equivalente a 79,8% do total, mostra o INE. Contudo, este número representa uma quebra de 70,4% face ao mesmo período do ano passado. Atrás da hotelaria aparece o setor do alojamento local com 2,11 milhões de dormidas e o turismo em espaço rural e de habitação com 528.600 dormidas.
2,4 noites
Assim como todos os restantes indicadores, também a estada média apresenta uma redução face ao ano passado. Entre janeiro e julho deste ano, os hóspedes passaram, em média, 2,4 noites nos estabelecimentos de alojamento turístico, menos 6,2% face ao período homólogo. Foi na Região Autónoma da Madeira que os hóspedes passaram mais noites (média de 6,79) e no Algarve (média de 4,39 noites).
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