Marcelo vê Orçamento viabilizado à esquerda. Bloco central “não é solução duradoura”
O Presidente da República vê como "natural" que o Orçamento do Estado passe com os votos da esquerda, rejeitando um bloco central.
A cerca de dois meses da votação final global, o Presidente da República reitera que a sua maior preocupação é que o Orçamento do Estado seja viabilizado. Para Marcelo Rebelo de Sousa, é “natural” que seja viabilizado à esquerda, defendendo mesmo que um bloco central “não é solução duradoura”.
“O que é natural é que [o Orçamento] seja viabilizado à esquerda e não por outra solução, até porque é de considerar que o bloco central nem é solução duradoura nem é boa solução para equilíbrio do sistema político português”, argumentou Marcelo, em declarações aos jornalistas, transmitidas pelas televisões.
Marcelo recorda que já teve esta visão no Orçamento anterior, voltando assim a esperar um documento viabilizado pelos parceiros da última legislatura, sendo nomeadamente o que “resulta da posiçao do líder da oposição”. Esta é a esperança do Presidente, que leva a que exista “um Orçamento para entrar em vigor a 1 de janeiro do próximo ano”.
O Chefe de Estado considera que para o sistema político nacional estar em equilíbio, é “bom que haja uma solução de esquerda e uma alternativa de direita”, contexto que “evita radicalismos e extremismos”. Esta configuração, sublinhou, permite ter a “noção de que se uma solução conhecer dificuldades, há outra alternativa”.
Marcelo salientou ainda que é “fundamental” que o Orçamento seja viabilizado porque o Plano de Recuperação e Resiliência e o Quadro Financeiro Plurianual estão ligados a este documento. Quanto ao Plano, que esteve esta quarta-feira em discussão no Parlamento, o Presidente reitera que não se pode “correr o risco de perder dinheiro porque não é utilizado a tempo ou porque é mal utilizado”.
Já sobre a ideia sugerida pelo presidente do PSD, Rui Rio, de o Tribunal de Contas (TdC) realizar uma auditoria ao Novo Banco, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou pronunciar-se. “Não me pronuncio sobre questões concretas. Sobretudo porque há outras soluções em cima da mesa que estão relacionadas com o Parlamento, comissões parlamentares de inquérito e com outras formas de auditoria, isso serão os senhores deputados, será a Assembleia da República e o Governo a ponderar e decidir”, disse.
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