Nas notícias lá fora: recessão, Disney e Nestlé
Economia britânica tem a maior queda de sempre registada num segundo trimestre. Comportamento idêntico tem o défice no Brasil, a bater máximos históricos. Já a Disney vai despedir 28.000 trabalhadores
Os impactos da pandemia continuam a fazer-se sentir seja a nível social, seja económico. A economia britânica registou no segundo trimestre a maior contração de sempre (19,8%) e no Brasil o défice registado em agosto também é o maior de sempre, desde que há registos. Já em Espanha o Governo vai propor mais restrições às cidades mais afetadas pela pandemia.
Financial Times
PIB do Reino Unido cai quase 20% no segundo trimestre. É recorde histórico
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu 19,8% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (ONS). Esta é a maior queda de sempre registada num segundo trimestre. No primeiro semestre do ano, o PIB britânico diminuiu 21,8% em relação aos seis meses anteriores, acrescentou o Instituto Nacional de Estatística britânico. O Reino Unido entrou oficialmente em recessão em agosto passado, uma vez que dois trimestres consecutivos de contração económica foram confirmados, devido ao impacto da pandemia de Covid-19.
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El País
Governo espanhol vai propor maiores restrições em cidades mais afetadas
O Ministério da Saúde espanhol anunciou que vai propor ao Conselho Interterritorial medidas para limitar a mobilidade e horários em todas as cidades do país com mais de 100 mil habitantes onde existe alta incidência da pandemia. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde de Espanha, Salvador Illa, após uma reunião do grupo Covid-19 realizada esta tarde entre o Governo central e os responsáveis pela comunidade de Madrid, na qual foi alcançado um acordo de princípio sobre medidas restritivas. As restrições serão aplicadas imediatamente aos municípios com incidência cumulativa de mais de 500 casos de infeção por 100 mil habitantes num período de 15 dias, positividade superior a 10% nos testes PCR e com índice de ocupação acima de 35% nas unidades de cuidados intensivos (UCI) ao nível regional.
Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)
Reuters
Pandemia obriga gestores da Nestlé a pôr mais a mão na massa
O presidente executivo da Nestlé disse que a pandemia forçou a a gestão de topo a imiscuir-se mais nas operações do dia-a-dia já que foi necessário lidar com questões de segurança e de continuidade do negócio. Em entrevista à Reuters, Mark Schneider disse que “a partir do momento em que a crise deixou de ser apenas uma questão chinesa e assumiu um cariz internacional, criámos um comité de crise que eu presido”, explicou o responsável da Nestlé que emprega 291 mil pessoas e vende em 187 países. “O estilo de toda a gestão de topo, incluindo eu, tornou-se muito mais operacional já que é necessário lidar com coisas mais operacionais”, reconheceu, acrescentando que o comité agora já só reúne uma vez por semana, quando no início da pandemia tinham duas reuniões semanais.
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The New York Times
Disney vai despedir 28.000 trabalhadores nos Estados Unidos
A Disney anunciou que vai despedir cerca de 28.000 trabalhadores dos seus parques de diversão, cruzeiros e outros eventos nos Estados Unidos devido à crise financeira causada pela pandemia de Covid-19. A decisão deve-se ao “impacto prolongado da Covid-19” nos negócios do grupo e à “incerteza sobre a duração da pandemia”, explicou a empresa. A Disney perdeu mais de 4,2 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) no primeiro semestre, devido ao encerramento dos parques de diversão, por causa da pandemia do novo coronavírus. A crise neste segmento de negócio aberta pela pandemia não foi compensada pela entrada do conglomerado de diversões no mercado de entretenimento em linha, com a Disney+, informou a empresa em agosto.
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O Globo
Défice em agosto foi o pior valor da série histórica do Brasil
As contas do Governo brasileiro registaram um défice primário de 96,096 mil milhões de reais (14,5 mil milhões de euros, câmbio atual) em agosto último, o pior valor da série histórica para o mês. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional e, além de mostrarem o pior desempenho para um mês de agosto na série histórica, que teve início em 1997, indicam um ‘rombo’ quase seis vezes superior ao registado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de 16,821 mil milhões de reais (2,54 mil milhões de euros). Já no acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o défice nas contas públicas do Governo federal chegou a 601,3 mil milhões de reais (90,78 mil milhões de euros), também o pior desempenho para o período da série histórica.
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