OE2021: PS quer acreditar que “debate amigável” de quarta-feira reflete clima das negociações
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS manteve a tese de que as negociações se têm caracterizado pelo "sucesso" e que se registam vários "avanços".
O “vice” da bancada socialista João Paulo Correia afirmou esta quinta-feira querer acreditar que o tom “amigável” do debate de quarta-feira com o primeiro-ministro reflete o clima das negociações do Orçamento com o Bloco de Esquerda e PCP.
João Paulo Correia defendeu esta posição em conferência de imprensa, no parlamento, depois de confrontado com a ideia transmitida pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em entrevista à RTP, de que se verifica um impasse nas negociações com o Governo da proposta de Orçamento do Estado para 2021.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS manteve a tese de que as negociações se têm caracterizado pelo “sucesso” e que se registam vários “avanços”, sem que haja qualquer recuo face a matérias acordadas entre as forças de esquerda desde 2016.
Mas João Paulo Correia foi ainda mais longe e disse: “Quero acreditar que o debate sobre política geral de quarta-feira – que foi feito em tom mais amigável e em que todos os partidos (nomeadamente Bloco de Esquerda e o PCP) tiveram a oportunidade de confrontar o primeiro-ministro com uma série de questões – seja o registo que está em cima da mesa”.
“Quero acreditar que seja esse o registo e não qualquer suspeição de impasse que, do nosso ponto de vista, não está para se concretizar”, reforçou.
Perante os jornalistas, o vice-presidente da bancada socialista defendeu que a proposta orçamental do Governo estará “focada na proteção do rendimento das famílias, das empresas, na proteção das pessoas que ficaram fragilizadas do ponto de vista social, na recuperação económica e na criação de emprego”.
João Paulo Correia sustentou depois que a proposta “não recua em nenhuma das medidas conquistadas desde 2016” em conjunto com o Bloco de Esquerda, PCP e PE, e “apresenta avanços que respondem aos grandes desafios que o país tem pela frente”.
Como exemplos apontou “o reforço do Serviço Nacional de Saúde e da habitação, a nova prestação de apoio social, o aumento do salário mínimo nacional para atingir 750 euros no final da legislatura, a subida extraordinária das pensões mais baixas e a melhoria de acesso ao subsídio social de desemprego”.
“Será concretizada a baixa do IVA da eletricidade e descida do IVA para a aquisição de serviços em setores muito atingidos pela pandemia da covid-19, designadamente alojamento, restauração, artes e espetáculos. Este Orçamento não deve ser desperdiçado. As negociações com o Bloco de Esquerda e PCP têm decorrido com sucesso”, acrescentou João Paulo Correia.
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