Endividamento da economia atinge novo recorde nos 736,6 mil milhões de euros

O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado subiu 1,7 mil milhões em agosto, atingindo um total de 736,6 mil milhões de euros. Os números dos últimos meses foram revistos em baixa pelo BdP.

O endividamento da economia portuguesa (empresas, cidadãos e Estado) subiu 1,7 mil milhões de euros em agosto, face a julho, fixando-se nos 736,6 mil milhões de euros, acima do recorde alcançando em maio de 735,8 mil milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal divulgados esta terça-feira.

Os números mostram que o banco central reviu em baixa a série do endividamento da economia dos últimos meses uma vez que anteriormente este valor já tinha superado os 740 mil milhões de euros, o que deixa de acontecer nesta atualização.

Recorde-se que, na sequência da crise pandémica que levou os agentes económicos a endividarem-se mais, o endividamento da economia em percentagem do PIB disparou ao aumentar mais de 15 pontos percentuais num só trimestre, passando dos 338% no primeiro trimestre para os 354,2% do PIB no segundo trimestre.

Em agosto, “endividamento do setor não financeiro situou-se em 736,6 mil milhões de euros, dos quais 334,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 402,2 mil milhões de euros ao setor privado”, esclarece o Banco de Portugal. O aumento do endividamento da economia deveu-se principalmente à subida de 2,3 mil milhões de euros do endividamento do setor público.

Endividamento da economia atinge novo recorde

Fonte: Banco de Portugal.

Este acréscimo foi parcialmente compensado pela redução de 600 milhões de euros do endividamento do setor privado em agosto. Mas dentro do setor privado houve situações diferentes: as empresas baixaram o endividamento em 900 milhões de euros ao passo que os particulares aumentaram em 300 milhões de euros a sua dívida.

O incremento do endividamento do setor público refletiu-se, sobretudo, no crescimento do endividamento face ao setor financeiro (1,5 mil milhões de euros) e face ao exterior (0,9 mil milhões de euros)”, detalha o banco central, assinalando que “estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento perante as próprias administrações públicas (0,2 mil milhões de euros)”.

(Notícia atualizada às 11h07 com mais informação)

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