APREN critica ausência de estratégia e prazos para transição energética
Associação de Energias Renováveis critica a falta de estratégias e prazos para a transição energética. "Medidas relativas à transição energética presentes no OE2021 não trazem novidades".
A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) elogiou esta terça-feira algumas medidas para o setor incluídas na proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), mas criticou a falta de definição de estratégias e prazos para a transição energética.
Em comunicado, a APREN afirma que “as medidas relativas à transição energética presentes no OE2021 não trazem novidades face ao Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) e à visão estratégica, pelo que é necessária a definição de estratégias dedicadas que incluam orçamento e definição de prazos de concretização”.
“Serão as medidas e objetivos espalhados no OE2021 concretizáveis ou apenas mais um conjunto de boas intenções que poderão ficar pelo papel?”, questiona a APREN.
Por outro lado, a associação congratula “o reforço de recursos humanos previsto para Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e os sinais positivos no que toca ao Imposto sobre os Produtos Energéticos”, mas sublinha que é necessário o “alinhamento da fiscalidade com os objetivos de descarbonização”.
No documento, a associação considera ainda que o OE2021 ”é um desafio” pela incerteza do contexto económico devido à crise causada pela Covid-19, porém refere que a ameaça climática “é muito mais grave do que a pandemia”, citando assim o secretário-geral da ONU, António Guterres.
A proposta de OE2021 foi entregue pelo Governo na Assembleia da República em 12 de outubro e a votação na generalidade está agendada para dia 28.
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