Há 400 milhões em fundos para reabilitar e modernizar lares de idosos em Portugal
O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai conceder 200 milhões de euros para reabilitar e modernizar cerca de 150 lares de idosos no país. Quantia idêntica virá de privados com a mesma finalidade.
Os lares de idosos do país vão receber 400 milhões de euros para sofrerem obras de reabilitação e modernização das infraestruturas, tal como o ECO já tinha noticiado. Metade deste valor virá do Banco Europeu de Investimento (BEI), enquanto a restante fatia, de igual valor, virá de intermediários financeiros privados.
“O BEI e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) uniram esforços para financiar um programa de investimento no valor de 400 milhões de EUR, que visa modernizar infraestruturas de cuidados continuados e de apoio a idosos em Portugal”, lê-se no comunicado enviado pelo banco europeu, que detalha que este programa de investimento inclui cerca de 150 projetos.
O BEI vai emprestar 200 milhões de euros à IFD — umas das três entidades que vai integrar o Banco Português de Fomento, após a fusão com a SPGM e a PME Investimentos — que, por sua vez, vai disponibilizar estes fundos a “instituições financeiras em Portugal que os canalizarão para as entidades que promovam a construção, renovação e modernização das infraestruturas em questão”.
Serão, depois, selecionados intermediários financeiros através de um concurso, que terão de “igualar o montante do empréstimo do BEI”, ou seja, colocar mais 200 milhões de euros, perfazendo os 400 milhões de euros em investimento. “Os fundos serão canalizados para entidades do terceiro setor que prestam serviços à população idosa em Portugal, nomeadamente nos domínios da saúde, habitação e apoio social”.
Este programa vai focar-se em “projetos de pequena e média dimensão, com um custo inferior a 50 milhões de euros cada, cujos beneficiários finais serão entidades que desenvolvem a sua atividade no setor social e já prestam serviços de cuidados continuados e de apoio a idosos”.
Com este projeto, o banco europeu pretende “aumentar a capacidade e qualidade dos serviços de apoio a idosos e pessoas com deficiência em todo o território português”, esperando-se que tenha “um impacto positivo direto não só na qualidade de vida da população que carece destes cuidados, como também na respetiva rede de apoio, que inclui familiares e a comunidade médica”.
Para o vice-presidente do BEI, citado em comunicado, esta parceria com o IFD permite “melhorar as infraestruturas de atendimento aos cidadãos portugueses mais frágeis, como a população idosa e os portadores de deficiência”. “O BEI está pronto a apoiar todos os esforços para responder às necessidades mais urgentes dos cidadãos europeus”, acrescenta Ricardo Mourinho Félix, responsável pelas operações do BEI em território nacional.
No mesmo documento, o BEI destaca a importância destes investimentos, referindo que “as atuais instalações [de lares de idosos em Portugal] obsoletas são, em muitos casos, incapazes de satisfazer as necessidades atuais, obrigando a manter nos hospitais os doentes que necessitam de cuidados continuados, sobrecarregando assim o serviço nacional de saúde, ou obrigando as famílias a contratar ou a assumir o papel de cuidadores informais, sem a formação adequada”.
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