Centros comerciais consideram recolher obrigatório “grande golpe” para o setor

  • Lusa
  • 8 Novembro 2020

Recolher obrigatório aos fins de semana "é um grande golpe para o comércio e restauração, e para a economia portuguesa em geral", considera a Associação Portuguesa de Centros Comerciais.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) alertou para as “graves consequências” e “grande golpe” dado ao comércio e restauração com a proibição de circulação nos próximos dois fins de semana.

“Esta medida de recolhimento obrigatório aos fins de semana é um grande golpe para o comércio e restauração, e para a economia portuguesa em geral”, sustenta o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, em comunicado, ressalvando compreender que a saúde pública está na primeira linha das prioridades.

A proibição de circular nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e 21 e 22 de novembro, a partir das 13h00, nos 121 concelhos de maior risco de contágio, foi aprovada sábado pelo Conselho de Ministros e prevê apenas exceções como deslocações a trabalho, regresso ao domicilio, situações de emergência ou passeio de animais de estimação.

A associação diz ter sido “surpreendida” com esta medida do Governo e defende que “as empresas não suportam mais paragens de funcionamento forçadas”, porque são situações que provocam prejuízos avultados, perdas de emprego e contribuem para o desacelerar da economia.

“Mas na mesma semana em que assinámos com o Ministério da Economia e da Transição Digital um protocolo que tem como objetivo incentivar a antecipação das compras de Natal por forma a evitar concentrações de pessoas nos espaços comerciais, somos surpreendidos com uma medida que pode exatamente provocar essas aglomerações de pessoas noutros momentos do dia e da semana”, avisa o responsável.

António Sampaio de Mattos defende ainda que esta medida vai ter consequências na economia e vai “afetar irremediavelmente” os níveis de empregabilidade por via de falências no comércio e restaurantes, e até centros comerciais.

O Governo aprovou no sábado as medidas do estado de emergência que vai vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, prevendo o recolher obrigatório noturno durante a semana nos 121 concelhos de maior risco de contágio, onde há “risco elevado de transmissão da covid-19”, abrangendo 70% da população residente, incluindo todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Nestes 121 concelhos, há dever de permanência no domicílio, os estabelecimentos de comércio encerram até às 22h00 e os restaurantes têm de encerrar às 22h30, mas os presidentes das câmaras municipais podem fixar um horário de encerramento inferior ao limite máximo estabelecido, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança.

A proibição de circulação na via pública vigora entre as 23h00 e as 05h00 em dias de semana e nos fins de semana de 14 e 15 de novembro e 21 e 22 de novembro a partir das 13h00.

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