Marcelo diz que acordo do PSD com Chega “tem riscos e tem um preço” a nível regional e nacional
O Presidente da República apontou que os acordos são uma "opção dos partidos", apontando que, quando se tomam estas decisões, existem "vantagens, riscos e preços".
Questionado sobre o acordo do PSD com o Chega nos Açores, para viabilizar a coligação de direita na região, o Presidente da República considerou que “é uma opção dos partidos”, apontando que, quando tomam estas decisões “têm vantagens e têm riscos e preços”, tanto “a nível regional como a nível nacional”.
Marcelo Rebelo de Sousa indicou, ainda assim, que, “constitucionalmente não há nada a apontar” à atuação do representante da República para região quanto a este acordo, já que a constituição “permite que o partido que forma Governo seja não o mais votado mas o que tem maioria parlamentar”, em declarações transmitidas pelas televisões.
No entanto, sublinhou que, quanto à solução politica encontrada, “uma coisa é ter de” a aceitar, e outra coisa é “gostar”. Marcelo recorreu a um exemplo do antecessor neste ponto, apontando que imagina que, quando Cavaco Silva formou o Governo, “por razões muito diferentes”, “provavelmente teve de [o fazer] mas não gostou”.
O Presidente da República sublinhou ainda que já é conhecida a sua posição sobre partidos antissistémicos, apontando que “há que prevenir o seu aparecimento evitando causas de insatisfação”, bem como “combater as ideias”. “Para quem como eu tem tido um mandato preocupado com o fazer pontes, reforçar moderação”, e “evitar radicalização, não é uma solução ideal aquela que significa uma coisa diferente do que é o sentido do mandato“, reiterou.
O partido de André Ventura, que conseguiu eleger dois deputados nas eleições regionais dos Açores, realizadas no final do mês passado, viabilizou uma coligação de direita para o Governo Regional do arquipélago, que abrange o PSD, o CDS e o PPM.
O PSD tem estado debaixo de fogo devido a este acordo com o Chega, com críticas até do primeiro-ministro. A Comissão Permanente do partido decidiu então esclarecer que o acordo não era a nível nacional, mas sublinhou que as condições do partido de André Ventura nos Açores não “ferem a matriz social-democrata”.
(Notícia atualizada às 14h20)
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