Marcelo diz que deve repensar-se prazo das moratórias bancárias com prolongar da pandemia
Presidente da República diz que a pandemia está a ter efeitos nefastos sobre o tecido empresarial. Salientou a existência de moratórias, mas admite que podem ter de ser prolongadas.
Marcelo Rebelo de Sousa está preocupado com a situação financeira das empresas no meio desta pandemia. Com o aumento do número de casos a obrigar a medidas mais restritivas da circulação de pessoas, os negócios estão a ser penalizados. O Presidente da República enaltece o papel das moratórias bancárias, mas admite que pode ser preciso rever o prazo.
Em declarações transmitidas pela RTP 3, antes de um encontro com empresários da região Centro, Marcelo lembrou o “alastramento” da pandemia, numa altura em que disparam os números de novas infeções, bem como os internamentos e as mortes. É uma situação preocupante que está a afetar o tecido empresarial, deixando o alerta que as moratórias em vigor podem não ser suficientes, sinalizou o Chefe de Estado.
As empresas têm as “moratórias [bancárias], que foram alongadas” até ao final de setembro de 2021. No entanto, esta “é uma questão a repensar se a pandemia se prolongar”, disse o Presidente da República, abrindo a porta a um prolongamento da medida que permite às famílias e empresas protelarem o pagamento das prestações à banca.
De acordo com os dados apresentados pelo Banco de Portugal (BdP), as instituições financeiras aplicaram as medidas de apoio previstas nas moratórias de crédito a 751.725 contratos, com as famílias a representarem a maior “fatia” do total.
No caso das empresas, em setembro 31% do montante total de empréstimos concedidos a empresas beneficiavam de uma moratória, destacando-se as empresas de alojamento e restauração com cerca de 55% do montante de empréstimos concedidos ao setor a estar abrangido por moratórias.
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