Oi quase duplica prejuízos até setembro

A Oi agravou os prejuízos e registou um resultado líquido negativo de 12,3 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) entre janeiro e setembro.

A operadora brasileira Oi registou prejuízos de 12,3 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) entre janeiro e setembro, quase o dobro do ano passado. Concretamente no último trimestre, o prejuízo líquido foi de 2,6 mil milhões de reais (413 milhões de euros), um agravamento de 54,1% face aos mesmos três meses de 2019.

Até setembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da Oi fixou-se em 4,35 mil milhões de reais (837,7 milhões de euros), um recuo homólogo de 5,4%. Porém, observou um melhoramento de 6,4% no terceiro trimestre, fruto de uma atuação “nas frentes de redução de custos e simplificação operacional, eficiência e transformação digital”.

A receita total da companhia foi de quase 14 mil milhões de reais (2,2 mil milhões de euros), uma queda de 8% explicada com reduções nas unidades geradoras de receita na generalidade dos segmentos de negócio, mais concretamente de 12,6% no residencial, 2,8% na mobilidade pessoal, 3,9% no empresarial e 38,1% nos telefones públicos, num período altamente marcado pela pandemia.

Especificamente no segmento residencial, a empresa tem vindo a implementar um plano de aposta na fibra ótica, tendo terminado o mês de setembro com 7,9 milhões de casas passadas (+1,1 milhões no trimestre). Neste contexto, a empresa registou um incremento de 446 mil adições líquidas de clientes nesta tecnologia entre julho e setembro.

Já no segmento móvel, a Oi nota que o negócio de pré-pago já dá “fortes sinais de recuperação”. Já no pós-pago, “a Oi encerrou o terceiro trimestre com 9.899 mil unidades geradoras de receita”, um aumento da base em 9,6% com 866 mil adições líquidas de clientes face ao trimestre homólogo de 2019. A empresa explica a evolução com a “estratégia de migração de cliente pré-pago para pós-pago” e com as “ofertas mais competitivas”.

As despesas da companhia fixaram-se em 9,7 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros) nos nove meses do ano, uma redução de 9,2% face aos mesmos nove meses de 2019, mas aumentaram em 1,8% no terceiro trimestre.

No final de setembro, a dívida líquida da Oi era de 21,2 mil milhões de reais (3,3 mil milhões de euros), um aumento expressivo face aos 14,7 mil milhões de reais que devia no final de setembro de 2019. A empresa justifica o aumento com a desvalorização do real face ao dólar e “os efeitos usuais de accrual de juros e da amortização do ajuste a valor presente”.

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