Associação automóvel opõe-se à proposta do PS que estimula importação e prejudica o setor automóvel nacional
Associação do Ramo Automóvel alerta que redução do ISV sobre veículos importados vai afetar retoma económica e renovação do parque automóvel. Defendem registo profissional de veículos automóveis.
A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) contesta a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2021 que visa reduzir o ISV dos carros usados importados da União Europeia e alarga o desconto em função da idade.
“Esta proposta tornará ainda mais apelativa a compra de um carro importado usado, em termos económicos, comparativamente a um carro novo em Portugal e quanto mais caro o carro, maior poderá ser a diferença. Esta diferença será acentuada se a proposta do PS for aprovada e acentuará as diferenças e favorecendo a economia de outros países em detrimento da nacional”, explica o presidente da ARAN, Rodrigo Ferreira da Silva.
A ARAN defende a criação de um registo profissional obrigatório de comerciantes de veículos automóveis para combater a evasão fiscal e a concorrência desleal, bem como a redução do ISV. Duas medidas estratégicas propostas pela ARAN ao Governo, que pretende “impulsionar a retoma económica, que fortaleceriam o aumento da tesouraria das empresas, apoiariam a renovação do parque automóvel e atenuariam o impacto da quebra da receita fiscal (ISV e IVA). Enquanto a criação de um registo profissional obrigatório de comerciantes de veículos automóveis seria fundamental para o combate à evasão fiscal e potenciaria a criação de uma base estatística fidedigna referente ao comércio de automóveis usados em Portugal”.
Para o líder da associação está em causa “a sobrevivência do setor automóvel” que representa cerca de 20% das receitas fiscais do Estado, 19% do PIB português e que emprega cerca de 200 mil pessoas e alerta que “a retoma só será possível com a implementação de medidas de apoio por parte do Governo. Desde agosto que a ARAN tem apelado ao Governo e ao PS que são urgentes medidas que impulsionem a recuperação deste setor vital para a economia nacional”, conclui Rodrigo Ferreira da Silva.
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