Entre 53 países, Portugal está em 33.º na resposta à Covid-19
A Bloomberg elaborou um ranking com base em 10 critérios para medir o desempenho das 53 maiores economias mundiais. E se a Nova Zelândia é o caso de maior sucesso, Portugal surge em 33.º lugar.
Este ano, o mundo está a enfrentar uma “batalha” comum contra a pandemia. Um ano depois de o primeiro caso ter sido detetado em Wuhan, na China, são notórias as diferenças entre os países no que toca à abordagem, controlo e até de sucesso na disseminação do vírus. Nesse sentido, a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês) elaborou um ranking com base em 10 critérios para medir o desempenho das 53 maiores economias mundiais. E se a Nova Zelândia é o caso de maior sucesso, Portugal surge pouco abaixo do meio da tabela, em 33.º lugar.
Intitulado “Covid Resilience Ranking” (Ranking de Resiliência à Covid) esta lista é elaborada, mediante análise de 10 critérios específicos, são eles: casos acumulados no último mês por 100 mil habitantes, taxa de mortalidade no último mês, total de mortes por um milhão de habitantes, taxa de testes positivos realizados, número de contratos relativos ao fornecimento de futuras vacinas contra o novo coronavírus que estejam na fase III, severidade das medidas tomadas, mobilidade dos cidadãos, previsão de crescimento do PIB para 2020, cobertura dos sistemas de saúde, bem como, o índice de desenvolvimento humano dos cidadãos. Assim, cada um destes indicadores são pontuados numa escala de 1 a 5, sendo que 5 (a azul) indica o melhor desempenho e 1 (a laranja) o pior.
Mas afinal quais são as conclusões da lista desta semana? Segundo a Bloomberg, nem sempre as economias mais ricas, ou que têm aparentemente sistemas de saúde mais bem preparados, estão necessariamente a responder de melhor forma à pandemia. É o caso dos Estados Unidos (18.º lugar) e do Reino Unido (28.º lugar), que estão atrás de países cujas economias são mais frágeis, como o Vietname (10.º lugar), a Tailândia (15.º lugar) ou os Emirados Árabes Unidos (17.º lugar).
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Ainda assim, a boa classificação de alguns desses países com regimes autoritários, como é o caso da China (na oitava posição), pode suscitar dúvidas quanto à capacidade das democracias para responderem a uma situação de crise sanitária como esta. No entanto, no “top 10” de países resilientes à Covid-19, oito são democracias, sendo que apenas a China e o Vietname fogem à regra.
Numa análise mais fina, é possível constatar que a Nova Zelândia é considerado o país mais resiliente à pandemia, sendo que do top 10 constam três países da Europa: a Finlândia (quinto lugar), Noruega (sexto lugar) e Dinamarca (nono lugar). Até metade da tabela surgem mais países do bloco comunitário, como a Alemanha (14.º lugar), Suécia (16.º lugar), a Irlanda (20º. lugar), a Holanda (23.º lugar)e Suíça (26.º lugar)
Portugal aparece pouco abaixo do meio da tabela, na 33.ª posição, com uma “pontuação” de 59.2 na escala Bloomberg, que vai de 0 a 100. Ainda assim, em nenhum dos critérios analisados o país é pontuado com a pior classificação possível. Assim, segundo esta análise, Portugal tem uma pontuação média de 1.455 casos por por 100 mil habitantes, quanto à mobilidade dos cidadãos é de 21,6%, ao passo que no respeita à severidade do confinamento tem 63 pontos em 100. Prevê ainda uma contração de 10% no PIB português.
Já as melhores classificações a nível nacional dizem respeito à cobertura dos sistemas de saúde (84 pontos em 100), bem como sobre o índice de desenvolvimento humano da população e a taxa de letalidade. O país está ainda genericamente bem posicionado nas mortes por milhão de habitantes (382), bem como no que toca à taxa de resultados positivos por pessoas testadas (14%). No acesso à vacina, Portugal tem pontuação de 3 em 5.
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