TAP tem dois aviões só para carga a pensar nas vacinas da Covid-19

Companhia aérea tem estado a trabalhar para responder às necessidades de transporte de vacinas contra a Covid-19. Quer fazer parte da solução para Portugal, mas também noutros países, como o Brasil.

A TAP, tal como o ECO avançou, está a preparar-se para garantir que consegue responder às necessidades de transporte de vacinas contra a Covid-19, numa altura em que estas estão cada vez mais perto de serem uma realidade. Tem, para isso, dois aviões comerciais que, perante a falta de passageiros, foram transformados para carga, estando prontos para irem buscar as vacinas para Portugal, mas também para outras geografias, caso do Brasil.

Com a pandemia a afundar a procura por viagens, a TAP deixou muitos aparelhos em terra. Entre os poucos que nos últimos meses têm levantado voo, alguns têm-no feito para transporte de carga, nomeadamente de material médico contra a Covid-19. Muitas foram as imagens de aviões da companhia portuguesa carregados de ventiladores ou mesmo de máscaras em cima das cadeiras que tradicionalmente acomodam aqueles que parte para vários dos destinos da oferta da empresa portuguesa.

O agudizar da pandemia, logo da crise no setor da aviação comercial, a empresa decidiu transformar dois dos seus aviões em verdadeiras aeronaves de carga. Não retirou apenas as cadeiras como habitualmente se faz para uma adaptação dos modelos: esventrou totalmente dois A330. Passaram a ser totalmente dedicados à carga — mas podem ser reconvertidos a qualquer momento —, sendo este um dos negócios da companhia portuguesa cujas contas menos se ressentiram do período de crise.

A TAP tem sentido maior procura pelo seu transporte de carga em resultado do aumento do e-commerce — com o confinamento, mais pessoas estão a comprar online –, mas continua a ser relevante o peso do transporte de produtos médicos, nomeadamente máscaras e viseiras, além de toalhetes embebidos em álcool, para a Covid-19.

Este negócio poderá, em breve, aumentar ainda mais com o transporte das tão esperadas vacinas contra o novo coronavírus, que exigem, entre outros cuidados, o cumprimento de requisitos específicos em termos do controlo de temperatura. “A TAP está a garantir que tem as parcerias e meios necessários, como sejam a contratação atempada e em quantidade adequada dos contentores de temperatura controlada e vai estar preparada para responder às necessidades de transporte de vacinas contra a Covid-19″, disse recentemente a companhia ao ECO.

Numa altura em que o trabalho de preparação logística para receber as vacinas ainda está a ser feito, a empresa quer apresentar-se como uma solução para que Portugal possa contar o mais rapidamente possível com alguma, ou algumas, das vacinas contra a Covid-19 que em breve podem chegar ao mercado, casos das desenvolvidas pela Pfizer, Moderna ou AstraZeneca, mas não só.

A ambição da companhia portuguesa é poder fazer o mesmo noutros mercados. O Brasil, país em que a TAP tem grande representação, tem estado a fazer contactos com as várias empresas de aviação no sentido de avançar com concursos para o transporte das vacinas para o país. E o ECO sabe que a empresa portuguesa está atenta a essa possibilidade. Enquanto em Portugal está em causa o fornecimento de 16 milhões de doses das vacinas, no caso do Brasil, país com mais de 200 milhões habitantes, o número será certamente muito superior.

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