“Negócios mais sustentáveis têm mais sucesso”, lembra CEO da Accenture
A pandemia não adiou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Por outro lado, reforçou a urgência de um futuro mais sustentável, onde os líderes de todos os setores têm um papel a cumprir.
2020 foi designada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, como a “Década de Ação”, para promover a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Oradoras no segundo dia do Web Summit, Julie Sweet, CEO da Accenture, e Sanda Ojiambo, diretora executiva da UN Global Compact, reiteram que a pandemia veio expor fragilidades mas não adiou a urgência de se alcançarem todos os desafios lançados pelas Nações Unidas em 2015. A tecnologia pode ajudar a caminhar para um futuro mais sustentável, que se deve fazer em conjunto e que pode começar dentro de cada organização.
“Está muito em jogo, mas também vejo muito otimismo, porque ainda temos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como um início para nos fazer seguir em frente. Aquilo que fazemos deve estar nas estratégias base das empresas. Não importa que seja uma pequena empresa ou uma grande empresa, há sempre algo que se pode fazer por um futuro mais sustentável “, sublinhou Sanda Ojiambo, diretora executiva da UN Global Compact.
Julie Sweet, CEO da Accenture, acredita que a pandemia veio reforçar a necessidade das empresas do setor privado se unirem para atingir os objetivos propostos pela ONU, e não só.
“Desde a pandemia, vimos o setor privado mudar e focar-se. Por exemplo, vimos as empresas farmacêuticas que se juntaram para resolver a vacina, para partilhar informação de uma forma que nunca tinham feito antes”, sublinhou a responsável.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas são 17 e foram designados em 2015, abordando áreas como a eliminação da pobreza, apoiar a agricultura, acesso a cuidados de saúde, combate às desigualdades de género ou a promoção de políticas mais sustentáveis dentro das empresas.
Julie Sweet lembrou ainda a forma como a pandemia piorou a situação já frágil da fatia de população que sofre de desigualdades. No entanto, acredita, o tempo que vivemos é uma “oportunidade de alcançar os objetivos” com ajuda da tecnologia e da transformação digital. A responsável deu o exemplo da redução da pegada ecológica, através da migração para a cloud e ainda a possibilidade de combater problemas como a corrupção ou o trabalho infantil.
“Uma das coisas mais importantes que temos de fazer enquanto líderes de empresas é fazer a seguinte pergunta em todos os processos de transformação em curso: podemos concretizá-lo de forma a que ajude a atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável?“, exemplificou a CEO da Accenture, que lembrou que ser sustentável pode dar lucro.
“Há evidências reais que negócios com práticas mais sustentáveis, têm mais sucesso”, acrescentou.
“Qual é o nosso limite? Continuo em 2030, acho que continuamos a precisar de fazer com que resulte. Queremos unir o mundo inteiro à volta destes objetivos, porque acreditamos que vão conduzir-nos a um mundo melhor”, rematou Sanda Ojiamb.
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