Novo Banco “é o mais escrutinado de Portugal e provavelmente da Europa”

  • ECO
  • 8 Dezembro 2020

António Ramalho lembra que o Novo Banco foi alvo de quatro auditorias completas. CEO responde, assim, às dúvidas e críticas sobre as contas do banco antes de mais uma auditoria, do Tribunal de Contas.

António Ramalho assegura que o Novo Banco (NB) foi alvo de quatro auditorias completas, desde 2017, alegando portanto que esta é instituição bancária “mais escrutinada de Portugal e provavelmente da Europa“. O CEO responde, assim, às críticas e dúvidas levantadas acerca das contas da instituição na sequência do chumbo do Parlamento à transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução no orçamento de 2021. E à anunciada auditoria, mais uma, que será realizada pelo Tribunal de Contas.

“Desde a venda em outubro de 2017, o Novo Banco foi sujeito a quatro auditorias completas (uma da PwC e três da EY) e noves revisões limitadas. Além disso, foi objeto de uma auditoria adicional da Deloitte, cujo objeto foi decidido pela Assembleia da República”, lembra António Ramalho num comunicado interno, esta terça-feira, a que o ECO teve acesso.

O CEO salienta, além disso, que a carteira de ativos do Novo Banco foi também sujeita a cinco “relatórios de imparidades por auditor independente” e, na venda de portfolios, foi objeto de “três opiniões independentes sobre processo e resultado obtido”.

Ramalho frisa ainda que “todas as transações foram precedidas de um Relatório da Comissão de Acompanhamento antes de obtida a autorização do Fundo de Resolução” e assegura que “as chamadas de capital no âmbito do mecanismo de capital contingente foram objeto de sete relatórios de verificação independente pela Oliver & Wyman e três relatórios de acompanhamento pela respetiva comissão”.

O gestor que acaba de ser reconduzido para mais um mandato sublinha, além disso, que o cumprimento dos compromissos impostos ao banco “pelo Acordo entre Portugal e a União Europeia foi assujeito a sete relatórios independentes da auditora Mazard” e remata o balanço lembrando que, desde a venda, o Novo Banco foi alvo de oito inspeções e auditorias do Banco Central Europeu e uma Revisão Temática.

Tudo somado, António Ramalho enfatiza: “Este nível de escrutínio permite ao Novo Banco garantir a correção das suas práticas e manter a sua permanente disponibilidade para qualquer escrutínio adicional. Mas também lhe dá autoridade para considerar sem fundamento notícias que tentam duvidar da correção de operações realizadas exatamente neste período”.

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