Lisboa e Algarve tiveram maior crescimento do PIB antes da pandemia
As economias lisboeta e algarvia foram as que mais cresceram no ano passado, graças ao turismo. Apenas a Madeira e o Alentejo cresceram abaixo da média nacional.
Em 2019, antes da chegada da crise pandémica, o PIB nacional cresceu 2,2%. Contudo, esta média nacional esconde desempenhos diferentes por região: Lisboa e Algarve registaram o maior crescimento (2,6%), graças ao dinamismo do turismo, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), enquanto a Madeira e Alentejo cresceram abaixo de 1%.
Lisboa e Algarve destacam-se pela positiva por causa do contributo significativo dos “ramos do comércio, transportes e alojamento e restauração, atividades com relevância significativa na estrutura produtiva daquelas regiões”. O mesmo aconteceu na Região Autónoma dos Açores onde o PIB cresceu 2,4% no ano passado.
Ainda acima da média nacional surge a região Centro com um crescimento de 2,3%. No Norte, o crescimento foi idêntico à média nacional, “apesar do decréscimo (-0,7%) registado no VAB do ramo da indústria e energia, principal atividade na região”, nota o gabinete de estatísticas.
Os piores desempenhos foram os da Região Autónoma da Madeira e do Alentejo com crescimentos de 0,8% e de 0,6%, respetivamente. O que explica este número da Madeira, uma região também turística? “O crescimento económico na Região Autónoma da Madeira continuou a ser influenciado em grande medida pela diminuição da atividade turística na região e, em menor grau, pela redução da atividade dos serviços prestados às empresas”, esclarece o INE.
Já no Alentejo, o crescimento “pouco expressivo” do PIB reflete uma contração “significativa” do ramo da indústria e energia, “em particular em unidades de grande dimensão do setor petroquímico, instaladas no complexo portuário, industrial e logístico de Sines”.
Os dados do INE mostram que Lisboa continua a “ter” a maior fatia do PIB, com 36%, seguindo-se o Norte com 29,7% e o Centro com 18,8%. As restantes regiões ficam abaixo dos 10%: Alentejo com 6,3%, Algarve com 4,8%, Madeira com 2,4% e os Açores com 2,1%.
Em 2018, o Norte tinha sido a região com maior crescimento (3,7%), seguindo-se Lisboa com uma expansão de 2,8%, igual à da média nacional. As restantes regiões registaram crescimentos inferiores aos da média, com o Alentejo também a ser a região com menos crescimento (0,8%).
Nesse ano, “o forte crescimento do PIB do Norte foi impulsionado pelo desempenho dos ramos da indústria e energia, com uma variação de 4,8% e do comércio, transportes, alojamento e restauração (3,7%)”, nota o INE nos resultados definitivos de 2018.
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