Função pública não vai ter tolerância de ponto a 31 de dezembro
António Costa confirmou que a função pública não terá tolerância de ponto no dia 31 de dezembro. Já o estado de emergência deverá ser "automaticamente prorrogado" por mais 15 dias.
Após 14 dias de isolamento profilático, o primeiro-ministro voltou ao ativo a tempo de inaugurar a nova unidade de cuidados intensivos no hospital Amadora-Sintra, tendo feito um discurso de apostar no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Questionado pelos jornalistas, António Costa revelou que a função pública não terá tolerância de ponto no dia 31 de dezembro e que o estado de emergência deverá ser prolongado por mais 15 dias.
O Executivo tinha dado tolerância de ponto na véspera de Natal e em anos anteriores também o fez para o dia 31, mas não o fará este ano dadas as restrições em vigor. À Lusa, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) tinha a expectativa de que a tolerância de ponto fosse dada, mas tal não vai acontecer. Contudo, os trabalhadores municipais poderão ter tolerância de ponto por decisão das respetivas câmaras.
“Relativamente ao Ano Novo, a administração central não terá este ano tolerância de ponto. Como sabem, nós adotámos medidas muito restritivas para a passagem de ano“, disse António Costa em declarações transmitidas pela SIC Notícias, explicando que, após a maior flexibilidade dada no período de Natal, é preciso maior aperto para conseguir avaliar os resultados.
E “é por isso que será seguramente prorrogado automaticamente o estado de emergência“, acrescentou o primeiro-ministro, confirmando a expectativa que havia de que o país continuará em emergência para lá de 7 de janeiro, dia em que acaba o atual estado de emergência, prolongando-se por mais 15 dias, até dia 22 de janeiro, dois dias antes das eleições presidenciais.
O Governo espera conseguir avaliar o impacto do aligeirar das restrições durante as celebrações do Natal na segunda semana de janeiro. O primeiro-ministro disse estar “confiante” de que em Portugal o impacto das festividades não terá sido tão “nefasto” como noutros países, aconselhando cautela na interpretações dos números do boletim desta quarta-feira: mais de seis mil infetados, o que poderá ter sido influenciado pelo menor registo de testes durante a semana passada, sugeriu Costa.
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