Provisões para a Covid-19 encolhem lucros do Bankinter para 317 milhões
Banco constituiu em 2020 provisões no montante de 242,5 milhões de euros “para antecipar o agravamento da situação macroeconómica”. Resultados em Portugal encolheram em 31%.
O Bankinter fechou 2020 com um lucro de 317 milhões de euros, uma redução de 42,4% relativamente a 2019, principalmente devido ao impacto das provisões feitas para enfrentar os efeitos da Covid-19.
No relatório de atividade enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o Bankinter informa que o resultado antes de impostos da sucursal que tem em Portugal foi de 45 milhões de euros no ano passado, uma diminuição de 31%, devido sobretudo ao facto de o banco ter “deixado de libertar provisões” em 2020.
A instituição sublinha que o resultado da atividade bancária recorrente do grupo — a atividade bancária ordinária sem ter em conta as provisões e os rendimentos extraordinários obtidos em 2019 — foi de 473 milhões de euros, 13,2% inferior ao de 2019.
O aumento da atividade de negócio traduziu-se em “crescimentos em todas as rúbricas de atividade”: 6,8% na margem de juros; 3,6% na margem bruta; e 4,5% na margem de exploração antes de provisões.
O Bankinter termina o ano com uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 7% e um rácio de capital CET1 “fully loaded” de 12,3%, “muito acima do mínimo de 7,7% exigido pelo BCE”.
O banco constituiu em 2020 provisões no montante de 242,5 milhões de euros “para antecipar o agravamento da situação macroeconómica”, o que levou a que o resultado antes de impostos da atividade bancária se reduzisse para 230,5 milhões de euros, menos 62% do que em 2019.
A diminuição é explicada pela constituição de provisões para lutar contra a situação económica criada com a pandemia de covid-19 e pela ausência em 2020 das receitas extraordinárias que a instituição registou em 2019 com a compra do banco EVO.
Por seu lado, a sucursal do Bankinter em Portugal seguiu a “tendência” de crescimento do negócio com clientes, com a carteira de crédito a crescer 7%, alcançando 6.600 milhões de euros no fim do ano.
Por outro lado, ainda em Portugal, os recursos dos clientes cresceram 6%, atingindo 4.800 milhões de euros, e os recursos geridos fora de balanço aumentaram 2%, totalizando 3.600 milhões de euros.
Quanto às margens do Bankinter Portugal, a instituição realça os “crescimentos de dois dígitos”: 10% na margem de juros e 13% na margem bruta, “impulsionados pelo bom desempenho das comissões”.
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