Uma em cada cinco mortes no início do ano foi por Covid-19
Morreram 3.634 pessoas em Portugal entre 4 e 10 de janeiro, uma subida de 830 óbitos face à média dos últimos cinco anos em Portugal, mostram os dados divulgados pelo INE.
O novo ano arrancou com uma subida da mortalidade em Portugal e mais mortalidade em excesso. Na primeira semana de 2021, entre 4 e 10 de janeiro, morreram 3.634 pessoas no país, mais 830 pessoas do que a média de 2015 a 2019 e mais 563 óbitos do que na última semana de 2020.
Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo INE e indicam que uma em cada cinco mortes (729) no arranque de 2021 foi por Covid-19. Os números da mortalidade sinalizam, desta forma, aquilo que foi o alastrar da pandemia a partir do início do ano, com as infeções a baterem novos recordes numa parte significativa do mês de janeiro.
Depois de um ano particularmente difícil para a generalidade dos portugueses, morreram em Portugal em 2020 123.409 pessoas, segundo os dados preliminares do INE. É um aumento de 11.118 face a 2019 e um excesso de mortalidade de 12.220 óbitos relativamente à média dos últimos cinco anos.
“Do total de óbitos, 61.441 foram de homens e 61.968 de mulheres, mais 5.269 e 5.849 que em 2019 e um excesso de mortalidade, respetivamente, de 5.643 e de 6.578 óbitos, em relação à média de 2015-2019”, sublinha o instituto de estatísticas.
Com a pandemia a alastrar-se mais expressivamente na região Norte do país, a informação do INE indica que uma em cada três mortes em 2020 registou-se na região Norte. Além disso, “a Área Metropolitana de Lisboa e a região Centro concentraram cerca de mortalidade registada em 2020”.
No ano que passou, houve também mais pessoas a morrerem fora de estabelecimentos hospitalares, como em casa ou noutro local. O aumento foi de 16,5% face à média dos últimos cinco anos e mais 14,4% face a 2019.
Óbitos por semana em 2020 e no início de 2021
Idosos são os mais vulneráveis
A informação divulgada pelo INE confirma também que os idosos estão mais expostos ao atual contexto de pandemia, seja pela vulnerabilidade à doença Covid-19, seja por outros motivos. No ano passado, 71,8% das mortes foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos e, destes, 59,9% foram de pessoas com 85 e mais anos.
“Relativamente à média de 2015-2019, morreram mais 10.206 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 8.032 com 85 e mais anos. Comparativamente com 2019, em 2020 morreram mais 9.151 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 5.889 com 85 e mais”, remata o INE.
Desta feita, “o excesso de mortalidade em 2020 incidiu especialmente nas idades mais avançadas”. “O número de óbitos em 2020 foi superior à média de 2015-2019 em todos os grupos etários acima dos 55 anos, registando-se também um ligeiro excesso de mortalidade entre os 45 e 49 anos e nos grupos de idade entre os 15 e 29 anos”, frisa a nota informativa publicada esta sexta-feira.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h40)
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