Leão admite que a 3.ª vaga é “mais forte” que o esperado e prevê impacto nas previsões de 2021
O ministro das Finanças participou numa audição no Parlamento Europeu para discutir as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE, mas esta foi adiada por problemas tecnológicos.
O ministro das Finanças, João Leão, participou esta segunda-feira durante alguns minutos numa audição no Parlamento Europeu para discutir as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, mas a reunião acabou por ser adiada por causa dos problemas tecnológicos que se verificaram na ligação do ministro. Durante o tempo inicial da audição ainda foi possível ouvir Leão admitir que a pandemia está “bastante mais intensa” do que o esperado e que antevê um impacto negativo nas previsões de 2021.
“A terceira vaga da pandemia está a ser bastante mais intensa e mais forte do que era esperado e isso irá afetar as perspetivas económicas de recuperação neste ano em toda a Europa“, incluindo em Portugal, disse o ministro das Finanças aos eurodeputados, notando que essa expectativa “torna mais urgente” que o plano de recuperação europeu chegue ao terreno o quanto antes. A expectativa da presidência portuguesa é que as primeiras tranches possam ser libertadas antes do verão.
Leão respondia aos eurodeputados portugueses Lídia Pereira, eleita pelo PSD, e Pedro Silva Pereira, eleito pelo PS, que foram os dois primeiros membros do Parlamento Europeu a colocar questões. O ministro das Finanças ainda ouviu questões de mais dois eurodeputados, mas a fraca ligação e os problemas de comunicação entre Bruxelas e Lisboa levaram a presidente da comissão parlamentar de economia e assuntos monetários a decidir acabar com a reunião, adiando-a para outra oportunidade.
Durante o tempo em que foi possível ouvi-lo, João Leão argumentou ainda que esta deterioração das previsões económicas torna ainda mais claro que os Estados não devem retirar os “estímulos à economia cedo demais”. Para o ministro das Finanças, que agora é o temporariamente o presidente do ECOFIN, é preciso manter os “apoios bastante significativos até a pandemia acalmar e se passar à fase seguinte de forte recuperação”.
“Esta vaga está a ter um efeito tremendo sobre a economia europeia, com medidas muito restritivas sobre vários setores de atividade e, por isso mesmo, é muito importante que as medidas de apoio à economia se mantenham“, afirmou, definindo como objetivo que o “plano de recuperação europeu e os diferentes planos de recuperação a nível nacional sejam aprovados o mais rapidamente possível, para garantir que a economia começa a sentir o efeito desses planos no terreno”.
(Notícia atualizada às 17h42 com mais informação)
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