AstraZeneca dá prioridade a entrega de vacinas ao Reino Unido face à UE
CEO da farmacêutica garante que "se entregarmos o que temos planeado para fevereiro, não é pouco". Após aprovação pela EMA, serão três milhões de doses.
As vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca vão chegar primeiro ao Reino Unido do que à União Europeia, garante o CEO da farmacêutica, em entrevista ao jornal La Repubblica (acesso livre, conteúdo em inglês). Pascal Soriot rejeitou as acusações das autoridades de que a empresa iria desviar doses que estavam previstas para o Reino Unido devido aos atrasos na produção. A Comissão Europeia classificou os atrasos como “inadmissíveis” e pressionou a AstraZeneca para entregar o mais rapidamente possível as doses contratualizadas com a União Europeia (UE).
“No acordo com a UE é referido que os locais de produção no Reino Unido são uma opção para a Europa, mas só mais tarde”, explicou Soriot. “O contrato no Reino Unido foi assinado três meses antes do negócio europeu. Portanto com o Reino Unido tivemos três meses extra para reparar todas as falhas que tivemos. Para a Europa, estamos três meses atrasados a fazê-lo. Se faria melhor? Claro que sim. Mas se entregarmos o que temos planeado para fevereiro, não é pouco”.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) prevê aprovar, até ao final desta semana, a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, apesar dos problemas de fornecimento, o que é o primeiro passo para avançar no processo. Depois disso, “nos dias seguintes, serão enviadas de forma imediata três milhões de doses para a Europa”, disse o CEO. Depois disso, uma semana depois haverá outro carregamento. O objetivo é entregar 17 milhões de doses até fevereiro.
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