Espanhóis da Lusosuan obrigados a subir preço da OPA sobre a Cipan

O auditor independente nomeado pela CMVM decidiu que os espanhóis da Lusosuan devem subir o preço por ação dos 14 cêntimos para os 16 cêntimos.

Os espanhóis da Lusosuan vão ser obrigados a rever em alta o preço da OPA obrigatória lançada sobre a CIPAN – Companhia Industrial Produtora Antibióticos, SA.

Segundo um comunicado publicado pela CMVM, esta terça-feira, o auditor independente é da “opinião que a oferta de aquisição se deveria fazer ao preço de 0,16 euros”. O auditor esclarece que para chegar a este valor teve em análise “os fluxos de caixa atualizados, os comparativos de mercado e o target value [preço justo] para 2020″. A oferta vinda de Espanha era de 14 cêntimos por ação.

A CMVM avança que foi efetuada uma avaliação financeira que “teve por base os dados históricos da empresa, incluindo uma estimativa da situação económico financeira para 2016, as informações do orçamento para 2017 e estimativas efetuadas por nós [pelo auditor independente designado] a partir dessa data, tendo em consideração as informações recolhidas no mercado”.

“Utilizou-se o método dos fluxos de caixa atualizados (método do custo médio de capital) e rácios comparativos de mercado usando o método da entidade. Dos rácios usados conclui-se que o Enterprise Value to EBIT era o que se apresentava como mais adequado”.

A oferta pública de aquisição geral e obrigatória sobre as ações representativas do capital social da CIPAN foi anunciada pela Lusosuan a 23 de setembro do ano passado.

A 4 de outubro, a CMVM informava que tinha solicitado à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas a nomeação de um auditor independente para fixação da contrapartida mínima a oferecer na OPA obrigatória. No entender da CMVM não havia garantias de que o preço oferecido na OPA (14 cêntimos) era equitativo para todos os acionistas. (artigo 188º do Código dos Valores Mobiliários). Este facto decorre das ações da CIPAN não estarem admitidas à negociação em mercado regulamentado, e o valor oferecido resultar de negociação particular.

A Atral Cipan detinha 85,37% da CIPAN que vendeu aos espanhóis da Lusosuan, empresa detida pela Suan Farma, no âmbito dessa aquisição os espanhóis foram obrigados a lançar uma OPA sobre o restante capital (14,63%).

De referir que a CIPAN tem ainda a decorrer uma outra OPA, voluntária lançada pela Chartwell. A Chartwell detém 2% do capital da CIPAN e lançou uma oferta sobre 8% do capital ao preço de 45 cêntimos por ação.

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