Albuquerque diz não acreditar que Madeira seja usada para contornar restrições às viagens
Miguel Albuquerque lembrou que o controlo de pessoas nas fronteiras e a possibilidade de suspensão de voos, prevista no novo estado de emergência, não se aplicam na região autónoma.
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse esta quarta-feira não acreditar que os aeroportos da região, que mantêm ligações com o exterior, sejam usados para contornar as restrições às viagens impostas pelo novo estado de emergência.
“Acho que isso não vai acontecer”, disse o governante madeirense, à margem de uma visita à empresa Maurílio Caires Informática, no Funchal, depois de questionado se os aeroportos da Madeira e do Porto Santo não poderão ser usados pelos portugueses como plataforma para contornar as medidas previstas no novo estado de emergência.
Miguel Albuquerque lembrou, a propósito, que o controlo de pessoas nas fronteiras e a possibilidade de suspensão de voos, prevista no novo estado de emergência decretado devido à pandemia de covid-19, não se aplicam na região autónoma.
“Não fazia qualquer sentido fechar as fronteiras, até porque corríamos o risco de ficar com o Porto Santo isolado, porque o avião que faz a operação para o Porto Santo [da companhia espanhola Binter] tem de ir as Canárias“, explicou, insistindo que o arquipélago “não pode ter” os aeroportos fechados.
Em 28 de janeiro, o Conselho de Ministros decidiu limitar as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e repor o controlo nas fronteiras terrestre, no âmbito das medidas que regulamentam o estado de emergência, que entrou em vigor no domingo e se prolonga até 14 de fevereiro.
A possibilidade de suspensão de voos e de determinação de confinamento de passageiros à chegada, quando a situação epidemiológica assim o justificar, foram outras das medidas aprovadas pelo Governo. Na sexta-feira, o Governo Regional da Madeira esclareceu que o controlo das fronteiras e a possibilidade de se suspenderem voos, no âmbito do novo estado de emergência, não irão afetar a ligação aérea entre a Madeira e o Porto Santo.
“Falei com o senhor ministro [da Administração Interna] Eduardo Cabrita porque tínhamos aqui um problema com o fecho de fronteiras, relativamente a Espanha, porque corríamos o risco de a operação aérea para o Porto Santo ficar bloqueada”, disse na altura Miguel Albuquerque. Ainda segundo o presidente do Governo Regional, Eduardo Cabrita terá dito que isso tinha sido levado em linha de conta “e, obviamente, não abarca o território da Madeira”.
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