Graça Freitas diz que vacinação “está a correr bem”. Pede confiança e dá como exemplo vacina da gripe
A diretora-geral da saúde disse que a vacinação contra a Covid-19 está "a correr bem", apelando à confiança dos portugueses "no sistema" que inoculou dois milhões de pessoas contra a gripe.
A diretora-geral da saúde assegurou que a vacinação contra a Covid-19 em Portugal “está a correr bem”, apelando à “confiança no sistema” e nas “instituições” e dando como exemplo a vacinação contra a gripe, em que foram inoculados dois milhões de portugueses em “pouco mais de mês e meio”.
“Somos um Estado desenvolvido, temos um Serviço Nacional de Saúde (SNS) sólido, temos capacidade de mais uma vez nos reorganizarmos para darmos resposta a um grande desafio. É uma esperança, é uma coisa positiva e, de um modo geral, está a correr bem. Não nos vamos apegar às coisas que correm menos bem para denegrir aquilo que está a acontecer e a correr bem”, disse Graça Freitas.
Em declarações a partir de Alcochete, transmitidas pelas televisões, a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS) acrescentou que “só podemos vacinar com as vacinas que temos”. Nessa perspetiva, já com cerca de 360 mil pessoas vacinadas, segundo a responsável, a vacinação contra o coronavírus está a correr “num ritmo muito bom”.
Relativamente à vacinação (…), é uma esperança, é uma coisa positiva e, de um modo geral, está a correr bem. Não nos vamos apegar às coisas que correm menos bem para denegrir aquilo que está a acontecer e a correr bem.
“O meu lugar está sempre à disposição”
Graça Freitas não quis comentar a demissão do coordenador da task force para a vacinação, Francisco Ramos, que foi substituído pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo na quarta-feira. Ramos pediu para sair depois de detetar irregularidades na vacinação no Hospital da Cruz Vermelha, do qual é presidente do Conselho de Administração.
Perante as polémicas de portugueses, alguns deles responsáveis públicos, que terão conseguido passar à frente nas filas prioritárias para vacinação, Graça Freitas apelou à “confiança no sistema” e nas “instituições”. “Não nos vamos apegar às coisas que correm menos bem para denegrir aquilo que está a acontecer e a correr bem”, defendeu.
Graça Freitas assegurou que “todos vão ser vacinados”, mas “não podemos é ser vacinados todos no mesmo dia”. “As pessoas têm de ter confiança no sistema e o sistema vai encontrar as pessoas e vai convidá-las a serem vacinadas e a agendar a vacinação num sítio seguro. Não serão todos chamados na primeira semana, nem na segunda, mas há mecanismos”, apontou.
O SNS vai convocar os portugueses a serem vacinados, de forma não obrigatória, através de uma mensagem de texto com origem no número 2424, atribuído para o efeito esta semana pela Anacom. Sobre as pessoas que não tenham telemóvel ou forma de ler a mensagem de texto, Graça Freitas desvalorizou o eventual problema: “Nem todos recebem SMS, pois não. Mas há telefone, há cartas, há forças autárquicas que nos podem ajudar a chegar às pessoas”, disse.
Lembrando que Portugal tem já muitos anos de experiência com vacinas, a diretora-geral da saúde deu como bom exemplo a vacinação contra a gripe este ano: “A campanha da gripe vacinou, em pouco mais de um mês e meio, dois milhões de pessoas.”
Por fim, Graça Freitas afirmou que é preciso começar “a falar sobre vacinação como uma coisa positiva”. Questionada sobre se o seu lugar à frente da DGS fica fragilizado pela demissão de Francisco Ramos, a diretora-geral disse não ser “a pessoa mais indicada para responder a isso”. “Sou uma servidora pública. O meu lugar está sempre à disposição.”
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