Autoeuropa vai retomar segunda-feira produção a 100% com trabalhadores temporários

A Autoeuropa vai retomar a produção a 100%. A fábrica de Palmela foi forçada a suspender um dos turnos em resultado da decisão do Governo de encerrar as escolas perante o agudizar da pandemia do novo coronavírus, mas duas semanas depois conseguiu garantir a mão-de-obra necessária para utilizar toda a capacidade de produção a partir da próxima semana.

“Vamos retomar os 19 turnos de trabalho por semana a partir de segunda-feira“, 8 de fevereiro, disse ao ECO fonte oficial da unidade de produção automóvel da Volkswagen, confirmando assim a informação avançada esta semana pela comissão de trabalhadores da Autoeuropa ao Dinheiro Vivo. A empresa tinha reduzido os turnos para apenas 15 a 24 de janeiro, após dois dias de interrupção total, no seguimento do endurecer das medidas de confinamento.

A fábrica de Palmela viu-se forçada a ajustar os turnos por falta de mão-de-obra devido à ausência dos pais que foram para casa no seguimento da interrupção das aulas dos filhos. O Governo tomou a medida por duas semanas. As aulas vão voltar, mas o ensino será à distância, pelo que parte dos trabalhadores da fábrica terão de continuar em casa.

Para suprimir a ausência dos seus trabalhadores, a Autoeuropa confirmou ao ECO que conseguiu contratar colaboradores externos, contratados através de empresas de trabalho temporário, que vão ajudar a unidade a regressar à produção em pleno.

Com apenas 15 turnos por semana, houve uma “perda semanal de 1.200 veículos em relação ao programa de produção”, disse o diretor geral da fábrica, Miguel Sanches, ao ECO. Em duas semanas foram 2.400 unidades, sendo que o número será ainda superior já que é preciso contar com dois dias de interrupção total em janeiro.

Os dados da produção da Autoeuropa serão conhecidos na próxima semana. A ACAP irá apresentar os números referentes ao primeiro mês deste ano, isto depois de em 2020 aquela que é a maior exportadora nacional ter construído um total de 192 mil carros, na sua maioria os T-Roc. Registou uma quebra de 25% face a 2019, um ano recorde para a unidade portuguesa.