Só com 2.000 casos diários será possível aliviar restrições
O modelos de avaliação de risco desenvolvido por especialistas indica que só com 2.000 casos diários será seguro desconfinar. É importante ter em conta também internamentos antes de aliviar medidas.
Ainda que a situação epidemiológica tenha vindo a melhorar, o modelo de avaliação de risco desenvolvido por especialistas indica que só com “níveis de incidência abaixo dos 2.000 casos diários médios” é que Portugal estará num “nível seguro” para aliviar as restrições, avança, esta segunda-feira, o Público (acesso condicionado).
“Níveis de incidência abaixo dos 2.000 casos diários médios, o Rt abaixo de 0,9 e uma positividade abaixo de 5%. Só quando chegarmos a esse nível é que a nossa análise de risco diz que estamos num nível seguro“, sublinha Carlos Antunes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O especialista deixa, contudo, um alerta: “Sabemos que, mesmo nessas circunstâncias, os hospitais ainda vão estar preenchidos. O ideal seria chegarmos abaixo dos 3.000 internados e abaixo das 300 camas de cuidados intensivos ocupadas. O modelo só me dá esses valores para o final de março, por causa deste arrastamento da duração do internamento”.
Carlos Antunes defende, além disso, que o país não se pode “sujeitar a uma nova vaga que introduza uma nova onda de entradas de internamentos nos hospitais”, daí ser importante chegar aos níveis referidos antes de começar a desconfinar. Este especialista faz equipa com o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, que é presença habitual nas reuniões no Infarmed. A próxima está marcada para esta terça-feira, antes da renovação do estado de emergência e do Conselho de Ministros que definirá as medidas a aplicar, nos próximos 15 dias.
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