“Os mecanismos de ajuda na UE são muito pragmáticos, mas cabe aos países acioná-los”
A comissária europeia da Saúde assegura que, até ao momento, Portugal não fez nenhum pedido formal à UE para a luta contra a pandemia. Diz que estratégia de Bruxelas para vacinação foi acertada.
A comissária europeia da Saúde rejeita que a solidariedade entre os 27 Estados-membros da União Europeia seja apenas simbólica. Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), Stella Kyriakides assegura que, até ao momento, Portugal não fez nenhum pedido formal de ajuda no contexto da luta contra a pandemia a Bruxelas e diz considerar que a estratégia do bloco comunitário nas negociações de contratos com as farmacêuticas, relativamente às vacinas contra a Covid-19, foi a melhor.
“Os mecanismos [de ajuda europeia] existem e há vários ao nível da UE que cobrem aspetos específicos de possível ajuda aos Estados-membros”, diz a responsável, referindo o RescEU, (mecanismo que permite uma entrega rápida de equipamento como ventiladores e equipamento de proteção pessoal) e o ESI (que financia o transporte de equipas médicas e doentes). “Não tenho conhecimento de que, até agora, Portugal tenha submetido qualquer pedido formal dentro destes mecanismos”, assegura a Comissária Europeia, quando questionada sobre a posição da UE em relação ao “pedido” de ajuda internacional de Portugal na luta contra a pandemia.
Sobre a vacinação contra a Covid-19, a comissária europeia da Saúde sublinha que considera que a estratégia de Bruxelas foi “o caminho certo”. “Avançámos o mais rapidamente possível para negociar os melhores contratos. Assegurámos todas as doses disponíveis para o primeiro trimestre deste ano. Temo ao pensar qual teria sido a situação se tivéssemos os 27 Estados membros, todos a negociar separadamente com farmacêuticas e alguns países com cidadãos vacinados enquanto outros não“, remata a responsável.
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