DGS alarga testagem a todos os contactos para antecipar o desconfinamento
A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai passar a testar todos os contactos de pessoas infetadas com o novo coronavírus, sejam de alto ou de baixo risco.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu rever as recomendações para a testagem à Covid-19. Respondendo ao pedido que tem sido feito pelos epidemiologistas, mas também por Marta Temido, vai “reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais” a contactos de alto e de baixo risco. O objetivo é, diz, o de permitir a antecipação do desconfinamento do país.
“Atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção, a DGS vai atualizar as suas orientações, no sentido de reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado“, refere a entidade liderada por Graça Freitas.
As novas orientações preveem, assim, que haja um:
- Alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco);
- A disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS;
- A implementação de rastreios regulares com TRAg em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social (trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outros);
Esta atualização dos critérios de testagem por parte da DGS — quando a capacidade de rastreio do país praticamente triplicou entre dezembro e fevereiro — surge depois de ter sido defendido pelos epidemiologistas, na reunião do Infarmed, a importância de fazer mais testes como forma de combate à propagação do novo coronavírus. Aumento dos testes é visto como alternativa ao confinamento.
Depois desse encontro do Infarmed, Marta Temido foi ao Parlamento dizer que pediu à DGS que mudasse as regras para a testagem. “Já exortamos a Direção-Geral da Saúde a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco”, disse a ministra da Saúde.
Todos os partidos defendem que o país faça mais testes, usando mesmo a expressão dos “testes em massa” depois dos encontros que tiveram com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, antes de ser proposta à Assembleia da República a renovação do estado de emergência que deverá manter o país confinado mais 15 dias.
O decreto presidencial, que será votado esta quinta-feira no Parlamento, vai prever a manutenção do país “fechado”, sendo que Marta Temido admitiu que poderá manter-se assim até meados de março.
“É bastante evidente que o atual confinamento tem que ser prolongado por mais tempo, desde já durante o mês de fevereiro, e depois sujeito a uma avaliação, mas provavelmente por um período que os peritos hoje estimaram em 60 dias a contar do seu início”, disse a ministra da Saúde.
(Notícia atualizada às 19h33 com mais informação)
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