“Vamos regredir anos em termos de indicadores de saúde em Portugal”
"Já estamos a ter problemas sérios na saúde da população e vamos regredir anos em termos de indicadores de saúde em Portugal", sublinha presidente da APAH.
O presidente da Associação Portuguesa de Administradoras Hospitalares (APAH) diz que falta liderança e coordenação na resposta à pandemia de coronavírus. Em entrevista conjunta à Rádio Renascença (acesso livre) e Público (acesso condicionado), Alexandre Lourenço diz também estar preocupado com os doentes não-Covid, com os rastreios em atraso e com os dez milhões de contactos que deviam ter sido feitos pelos cuidados de saúde primários e avisa que, por isso, Portugal irá regredir anos nos indicadores de saúde.
“Temos de criar mecanismos para que estes doentes possam ter acesso a cuidados de saúde. Mesmo no caso dos rastreios, hoje temos instrumentos ágeis, de emissão até de credenciais eletrónicas para os telemóveis, apelando a que as pessoas vão realizar o exame, a mamografia. Se o resultado der sinal de alguma alteração, imediatamente agilizar uma consulta no hospital. Temos de encontrar mecanismos que consigam dar resposta, temos que criar vias verdes para doentes crónicos… Já estamos a ter problemas sérios na saúde da população e vamos regredir anos em termos de indicadores de saúde em Portugal”, assegura o responsável.
Sobre a pandemia, Alexandre Lourenço diz que propôs ao Governo a criação de uma estrutura de coordenação da resposta à crise, que até agora não foi criada e, por isso, ainda não se sabe com maior precisão quais os meios disponíveis. O responsável deixa ainda outro aviso: é preciso preparar mecanismos para descanso dos profissionais de saúde quando a pandemia abrandar.
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